Uma tartaruga gigante que, acredita-se, era a última de sua subespécie morreu nas ilhas Galápagos no último domingo 24/06, segundo informou o Parque Nacional local.
BBC 25/06


Lonesome George (George, o solitário) tinha estimados cem anos - sua subespécie, a Chelonoidis nigra abingdoni, pode chegar a viver 200. Uma autópsia será realizada para determinar a causa da morte.

Sem ter tido crias e na falta de um outro indivíduo conhecido de sua subespécie, Lonesome George ficou conhecido como a criatura mais rara do mundo.

Ao longo de décadas, ambientalistas tentaram, sem sucesso, fazer com que a tartaruga de Galápagos se reproduzisse com fêmeas das ilhas.

Autoridades do Parque Nacional da Ilha Pinta disseram que Lonesome George foi encontrado morto em sua cerca por Fausto Llerena, o homem que cuidava dele havia 40 anos.

Símbolo de Galápagos

Lonesome George foi identificado na Ilha de Pinta pela primeira vez em 1972, por um cientista húngaro. Na época, acreditava-se que sua subespécie já havia sido extinta.

A tartaruga, então, tornou-se parte de um programa de procriação no Parque Nacional de Galápagos. Depois de 15 anos em que ele viveu ao lado de uma tartaruga fêmea vinda de um vulcão próximo, Lonesome George acasalou, mas os ovos não eram férteis.

Ele também compartilhou seu espaço com tartarugas fêmeas da Ilha de Espanhola, mas, novamente, foi incapaz de procriar.

Lonesome George se tornou um símbolo das Ilhas Galápagos, que atraem 180 mil visitantes por ano.

Extinção

Autoridades do parque de Galápagos afirmam que, com a morte de Lonesome George, a subespécie de tartarugas Pinta se torna extinta.

O corpo da tartaruga provavelmente será embalsamado, para ser lembrado por gerações futuras.

As tartarugas eram abundantes nas Ilhas Galápagos até o final do século 19, quando começaram a ser caçadas por pescadores e marinheiros, atraídos pela carne do animal. Aí começou seu processo de extinção.

As diferenças na aparência das tartarugas das diferentes ilhas de Galápagos foram um dos elementos usados por Charles Darwin para formular sua Teoria da Evolução.

Cerca de 20 mil tartarugas gigantes de outras subespécies ainda vivem nas ilhas.

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Mais um perda... logo mais especies estarão no mesmo rumo se a população não se conscientizar.

Olá Marciel,

é uma pena saber disso, vi esse belo animal na Fundação Charles Darwin, em 2010:
viewtopic.php?f=9&t=7345&hilit=gal%C3%A1pagos

A história da reprodução é bem complicada mesmo, erradicadas as fêmeas de sua ilha foram rastreadas
fêmeas de outra ilha, se não me engano Izabela, com traços genéticos similares, provavelmente descendentes
de antepassados de George soltos de uma ilha para outra. Infelizmente nada de ovos férteis.

Esse é um exemplo de como a interferência humana é danosa. Depois que as tartarugas foram declaradas patrimônio
do Equador elas não são mais ameaçadas pelo Homem, o maior problema é o que o Homem levou para lá. Haviam milhares
de cabras exóticas que foram abatidas mas ainda há gatos e ratos. Os roedores são a maior ameaça às jovens tartarugas
tanto que ovos são coletados, levados até a CDF e são incubados, mantidos os filhotes até que possam se defender melhor,
então soltos cada um em sua respectiva ilha.

Felizmente Galápagos é um parque nacional, apesar do aumento da população ilegal residente o tursmo tem sido o motor da
'conscientização ambiental' local.

Espero que no Brasil não noticiemos a perda da última anta, papagaio do peito roxo, tal qual da ararinha azul.

Um abraço.

Triste perda, de fato :<

Fiquei muito triste pela notícia!

A tempo venho acompanhando as tentativas de reprodução...

Mas daqui para frente, como anda as coisas, vamos ver muitas notícias de espécies sendo totalmente extintas... Uma pena!

É uma perda lamentável,assim como nossa Ararinha Azul.
Abrs,
Fabiano Pereira

... bem tenso.
Tb já tinha lido algo a respeito da tartaruga... é uma pena que não tenha conseguido reproduzi-lá.
Realmente uma grande perda.

Lamentavel