
Conservação das espécies de plantas carnívoras
A seguir vou passar algumas informações pertinentes a todos que se interessam pela conservação de espécies.
A conservação de espécies deve ser uma das metas de cada hobista.
Espécies com populações isoladas são mais vulneráveis, especialmente, as que se encontram geograficamente isoladas como em ilhas, topo de montanhas, acidentes geográficos e etc.
A fragmentação de habitats é um problema importante nos dias de hoje, e espécies podem sumir do dia para a noite devido a instalação de novos empreendimentos imobiliários, represamento de rios, inundações para instalações de hidrelétricas, instalação de rodovias e etc. Desta forma, os hobistas são importantes pois, mantém um banco de germoplasma de espécies de locais variáveis.
O conhecimento taxonômico também é muito importante, pois, evita que sejam produzidos híbridos artificiais inférteis, ou mesmo férteis que descaracterizam o pool genético original de uma espécies produzindo indivíduos que ou são inviáveis em ambiente natural ou rompem com o processo evolutivo natural.
É sempre bom pensar que algumas plantas carnívoras possuem sexos separados o que facilita a manutenção da variabilidade genética, mas, outras espécies não. Muitas das que possuem dois aparelhos sexuais em uma mesma flor realizam autofecundação o que aumenta enormemente um dos fatores que levam a um dos maiores problemas de conservação que é a chamada endogamia. A endogamia leva a formação de plantas isogênicas, sem variabilidade genética o que reduz a chance de uma espécie responder à fatores ambientais, leva também à redução da produção de sementes e da viabilidade dessas sementes.
Os hobistas devem sempre que possível trocar pólen de suas plantas com a de colegas para revigorar suas plantas em cultivo, mas, desde que tenha-se certeza de qual espécie possui.
Outro ponto controverso mas importante seria a coleta de sementes na natureza que deveria ser feita de forma organizada, formal, documentada e fiscalizada por indivíduos com formação profissional na área e de preferência representantes de entidade como uma Sociedade Brasileira de Plantas Carnívoras em parceria com entidades como IBAMA.
A reintrodução de espécimes na natureza também deve ser feita por profissionais gabaritados de uma entidade como a supra citada, pois, um hobista bem intencionado introduzindo indivíduos isogênicos na natureza ou mesmo híbridos não naturais pode levar ao problema da endogamia e facilitar a extinção de uma determinada espécie.
Seria interessante citarmos aqui espécies brasileiras que estão potencialmente ameaçadas e as que não são prioridades para conservação para que todos possamos eventualmente contribuir para conservação das espécies de carnívoras e inspirar pessoas que estejam com esse ímpeto.
Quem quiser contribuir com mais conhecimento, comentar ou perguntar algo é bem vindo.
