Belas fotos, as douradinhas dão um show a parte.

Mas venhamos e convenhamos, essa historia de hibrido natural, boa coisa não é, ainda nem aprendi (apesar do esforço do Fernando em me ensinar) as diferenças entre montanas, tomentosas e glabrata e vc vem por mais dificuldade?

Ah, já ia me esquecendo, seria a D. graminifolia a maior drosera brasileira?

abraços

Fotos muito lindas, Nílber! Muito legal aquele close da D. graminifolia.

PHD, não tem híbrido não! São só algumas plantas com características intermediárias. E quando você for a a campo você vai pegar rapidinho como diferenciá-las!

Lindas plantas e parabaens a esses tre viajantes que saiem por ai só pra tirar fotos e mostrar aqui para os preguiçosos do forum
Hehe, brincadeiras parte...
As plantas estavam lindas!!!

Abraços

Muito legal a aventura de vocês, fotos maravilhosas! Principalmente a Drosera schwackei, que colorido! Possui um alto potencial ornamental, pena que não seja tão cultivada...

Rapaz, pessoas na Europa, Eua e Brasil as cultivam mas ainda é algo bem restrito. Pelo menos não ví ainda pessoas do exterior com imagens das flores dessas plantas. Devem fazer mudas por 'cutting'.

Nilber: Pintou aquela 'coceira' de ver a as PCs no habitat. Belas plantas essas, eu perguntei para um colega taxonomista de nome reconhecido internacionalmente a idade que algumas droseras poderiam ter (imagens de plantas nos tepuis) e ele me disse, corretamente, que muitos poderiam ser os fatores a considerar.

Bah, mas e você, chutaria a idade dessas D. schwakei e D. tentaculatas compridonas?

Um abraço.

Olás,

Belas fotos, Nílber!

A propósito, a primeira planta (com uma mariposa capturada) é uma D. tomentosa.



Se você for considerar o tamanho da folha, sim. A forma "do norte" (região de Itacambira) chega a ter folhas com cerca de 40cm de comprimento. Sim, eu também quero!


Fala Carlos, eu fiquei com essa dúvida também, principalmente depois de ver aquelas graminifolias enormes e comparar o crescimento das que tenho em cultivo.
O Fernando certa vez acompanhou o crescimento de algumas D. chrysolepis do Cipó e chegou ao resultado de 7 cm de crescimento ao ano, mas então, quanto será que é dessas plantas de caule mais curto???
Eu chutaria que aquele indivíduo maior de D. schwackei que vimos tem, pelo menos uns 6-10 anos de idade (considerando que a época de crescimento delas é mais restrita que em cultivo, dada a presença de uma época seca pronunciada, mas que o crescimento in habitat é mais rápido - condições ótimas).


Sobre as montanosas, não acredito que fossem híbridos, apenas acho que nos surpreendemos com a amplitude da variação morfológica dessas espécies. D. tomentosa e D. montana são, claramente, linhagens distintas, que divergiram quanto a algumas características morfológicas e ao habitat. Minha hipótese é que quando D. tomentosa é submetida a condições tidas como ideais ou características de D. montana ela apresenta uma morfologia vegetativa que tende mais para D. montana (pecíolo mais fino e folhas mais lineares são caracterśticas que reduzem a área foliar, algo vantajoso quando se vive sob um maior stress hídrico) e isso causa certa confusão, no entanto, não parece haver fluxo gênico entre essas linhagens. Nesses casos, outras características podem ser usadas na distinção e a principal é o cálice.


Abs,

Tá adivinhado pensamentos agora tbm rapaz??? rsrsrs

Hello pessoal,

Belas fotos Nilber! Adorei a foto do Paulo e Vitor tentando fotografar D.schwackei! É dificil aguentar ficar ajoelhado sobre aquele cascalho de quartzo, não?? Toda vez eu pensava q seria melhor levar joelheiras na próxima viagem, hahaha!

Sobre D.schwackei, o mais incrivel p/ mim (e que está me matando de inveja) é q vcs tiveram a sorte TREMENDA de encontrar esta espécie com flores ABERTAS!! Desde q achei esta espécie pela 1a vez em 1997, eu só vi flores aberta uma única vez! E foi justamente na 1a população q encontrei (Congonhas do Norte) e nem consegui tirar fotos boas... Parabens! ;)




Como falou o Paulo, depende do q vc considera como "maior". Comprimento de folha = graminifolia, comprimento de caule = crysolepis, mas tem tbm as ascendens/ graomogolensis q possuem as maiores e mais densas rosetas de folhas.




Como falou o Paulo, eu medi o crescimento de D.chrysolepis no Cipó em 7cm/ano. Fiz de duas maneiras diferentes. Numa, verifiquei num caule comprido a distância entre os restos de inflorescências, assumindo q a planta havia florescido +- na mesma época em anos anteriores. Na outra, eu medi o crescimento de plantas jóvens q haviam brotado de raízes em buracos q eu mesmo deixei no ano anterior onde havia coletado algumas plantas p/ herbário.

Mas nas demais espécies eu não tenho idéia do ritmo de crescimento. Olha quanto ainda tem p/ vcs estudarem em campo!!! Nunca esqueço de umas D.graminifolia q encontrei em Itacambira e em Caraça com caules de ~15cm de comprimento. Estas plantas provavelmente eram beeeem velhinhas, mas não tenho idéia do qto.




Que bom ler isto! Ver as plantas em campo dá outra perspectiva sobre a taxonomia, não??? E pensar que tem taxonomista q mal vai a campo e só fica nos herbários...




É isso mesmo, parabens pela perspicácia precoce, após tão poucas idas ao campo! ;) D.tomentosa var.glabrata em ambientes mais secos se parece mesmo com D.montana. Eu demorei alguns anos p/ conseguir diferenciar com segurança entre montana e tomentosa, levando em consideração os fatores ecológicos. Acho q só depois de ver os holótipos do Saint-Hilaire no início de 1996 é q as coisas ficaram mais claras na minha cabeça. O cálice é mesmo a melhor maneira de diferenciar montana de tomentosa, mas não a única.


Abs, Fernando Rivadavia

Cara obrigado pela informação, torço para que num futuro não muito distante se torne mais fácil de encontrar. Fico imaginando o potencial desta espécie para hibridação.

Ninguém vai falar do sapinho? Achei maneiro.

Carlos,



Por enqto é tudo de semente mesmo, mas pode ser q já conseguiram multiplicar por folhas, não sei. Só sei q ninguem tem plantas adultas ainda a partir das sementes q eu comecei a mandar p/ o exterior há alguns anos.

A única pessoa q tinha uma planta adulta e q florescia regularmente é o Thomas Carow da Alemanha. Ele coletou a planta em 1986 o 1987 quando esteve no Brasil e descobriu D.schwackei perto de Diamantina. Ela nunca produziu sementes e por isso pensavamos q deveria ser um híbrido. Tenho a impressao q esta planta morreu recentemente.

Abs, Fernando Rivadavia