Aqui vai a segunda parte do meu relato sobre as Pcs da Serra do Papagaio em Aiuruoca.

A serra ao amanhecer.
Apesar de ser pleno Verão, estava um friiio essa manhâ. O Pico do Bandeira e acessado pela estrada que passa ao sul do Vale dos Garcias, na parte sul - sudoeste da serra. Ao contrario da Região do Pico do papagaio, essa região não possui os paredões ingremes de granito, sendo ela uma sucessão de morros de terra vermelha tipica, "empilhados" em uma grande região, periferica a serra que acaba se juntando a ela em altitudes elevadas.
uma parte de nossa subida foi feita em 4x4 ate mais ou menos 1700 metros. Uma boa parte dela foi acompanhada de U.amethistina e D. montana nas beiradas da estrada onde havia turfa negra aflorando. não pude tirar fotos pelo fato do carro estar em movimento.
Quando o carro parou descemos para ir em direção a Cachoeira dos Garcias, que se situava a 1800 metros, quando derrepente

ARGHNnnnnn fomos atacados por marias fedidas!

Vinham de todos os lados!!!

Impiedosamente!!!

Em bandos!!!!

Se bem que essa era fofinha e simpatica.
Er......... depois de salvarmos nossas vidas por umt triz, Chegamos na Cachoeira dos Garcias, e então sintam so o drama da paisagem que eu tive que me deparar.........

Ao fundo o pico mais alto e chamado pico do Santuario, que e o segundo mais alto da serra.
Ao redor da cachoeira, encima e embaixo, havia Utricularia reniformis. Nehuma com flores, mas achei na parte de cima dela alguns pequenos bogs de musgo.


Pensei que fosse encontrar tambem U. pubescens ao redor destes bogs, mas nada delas...
A partir dai começou uma serie de subidas interminaveis por campos de altitude com vegetação de gramineas, uma paisagem bem ampla e bem aberta. Essa região da serra era tão grande e imponente que nem dava pra perceber que ja estavamos beirando os 2000 metros de altitude!

a vista da subida ingreme.

no meio desta imagem esta a tal pousada "Do lado de la" , que dizem fica a 1900 mts de altitude.

Nesta subida da serra havia uma quantidade absurda de orquideas terrestres, especialmente Habenarias, mas uma planta me chamou a atenção porque a primeira vista, parecia ser uma habenaria amarelada..... mas chegando perto notei que tinha apenas 2 folhas saindo do chão, e pra meu espanto vi que era alguma especie de Liparis. Depois de pesquisar soube que e uma especie rarissima: Liparis campestris, so existindo em algumas poucas montanhas de Minas Gerais.

Depois de muita subida, ja a uns 2.000 metros, o terreno ficou um pouco mais plano e apareceu um riacho que corria sobre algumas pedras expostas. CLARO que apareceram pcs!!!!




Genlisea violacea

E como não poderia faltar, Utricularia amethistina


E tambem a unica U. reniformis florida da viagem inteira!

Na beira dagua, crescendo junto com as reniformis, havia esta Cleistes libonii, uma singela orquidea que compartilha os mesmos habitats acidos.

Em volta, em lugares mais secos, Drosera montana.
Dai volta a andança, e o sobe sobe de montanha....
Aos 2.250 metros Se descortina uma das paisagens mais surreais e bonitas que ja vi na minha vida.

O chamado "Retiro dos Pedros". uma planicie com gramineas com varios km de largura que você jamais iria imaginar que existisse encima de uma serra tão alta como aquela!


Me senti na Inglaterra com esta paisagem. Segundo os guias, este muro foi construido com pedras do local para ser um estabulo, do tempo dos escravos! Ao longe podiamos divisar varios muros construidos que serpenteavam na serra que nem a grande muralha da china, que foram erguidos pelos escravos pra demarcar propriedades e controlar o gado.
Era aproximadamente meio dia, e a serra foi envolvida por essa neblina, apesar do sol. E a temperatura caiu rapidamente.
Entre as gramineas desta pastagem do Retiro dos Pedros, havia uma quantidade enormde de D. montana




Quase no fim do Retiro dos Pedros, eu tive então a melhor surpresa desta caminhada. Havia um pequeno riacho que atravessava um terreno arenoso. Nele achei U. pubescens em um tipo de terreno que nunca havia visto elas! Eu sempre as vi associadas a pedra e musgo. Elas possuiam tambem uma forma de colorido mais escura, e a parte vegetativa da planta era bem diferente: As folhas eram muito menores do que das pubescens normais, e menor quantidade e possuiam porcima aquela mucilagem tipica das G. aurea.








Dai finalmente partimos para a ultima subida da caminhada em direção finalmente ao Pico do Bandeira.

Na subida dava pra ver ao longe essa cachoeira que parecia ser bem caudalosa.

um zoom nela.
nesta aproximadamente nesta direção, segundo os guias, em dias de ceu limpo, da pra ver Itatiaia.
Eis que apos a subida ingreme, chegamos aos 2.350 metros e fomos brindados com uma paisagem de tirar o fôlego vendo o Pico do Papagaio de cima.



Claro que la encima não faltaram Pcs! As mais altas que ja vi na minha vida inteira. Com certeza em itatiaia tem delas a maior altitude, mas foi o meu "record pessoal" ate o momento.


Suponho serem D. montana normal. O monga aqui esqueceu de tirar um supermacro delas pra melhor identificação...........
Me surpreendi tambem ao encontrar Sophronitis brevipendunculata crescendo nas pequenas arvores que haviam no descampado do topo.

Descemos depois por outro flanco to pico, em um caminho com afloramentos de rochas. Ali haviam muitas especies de plantas e flores interessantes

uma especie de trevo de flores e aparencia muito bonita.

De novo a melastomataceae de flores gigantes

zgopetalum triste

Esta vellozia de flores de cor inedita pra mim.

esta linda especie de Sinningia
E na borda de uma mata mais fechada, Soprhonitis coccinea


Depois deste dia de surpresas tão emocionantes, me despedi da serra com todo o gosto de voltar la em breve, para ver de novo estas paisagens e estas plantas tão diferentes! De la rumei para a minha "segunda casa" que e Ibitipoca (aguardem o proximo relato pra fechar minhas andanças nessas ferias)
Como ultima imagem, o seu narrador (morto de cansaço) sentado em meio a um jardim de Sempre vivas que havia ali no topo, com a paisagem do pico do Papagaio ao fundo.
Um abraço a todos
Adilson
