Olás,

Eu, como pessoa boa que sou, resolvi postar parte das fotos da minha viagem à Serra do Cipó.
Mas... por que "Parte 3"!? Óbvio! Por que as coisas mais interessantes estão nas partes 1 e 2!!!

No nosso terceiro dia na Serra (no primeiro só chegamos, no segundo achei todas as coisas interessantes e no quarto, fomos embora), resolvi explorar uma região ao sul da Serra, o Canyon das Bandeirinhas.
O local fica a 12 km do alojamento do IBAMA, onde ficamos hospedados. A caminhada era longa, então acordamos bem cedo.
No caminho, muitas paisagens de tirar o fôlego.




Logo apareceram as primeiras PCs:
Drosera communis




Mais adiante, a grande Utricularia praelonga




Além de uma interessante Utricularia, que parece ser a forma branca de Utricularia amethystina, porém mais robusta e amarelada




Um pouco mais a frente, numa minúscula represa, estava Utricularia gibba




Crescendo num barranco bastante seco, estava Drosera hirtella var. hirtella




E, não muito longe dali, estava Drosera tomentosa, aparentemente var. tomentosa


Continua

E uma orquídea, Bletia catenulata (Obrigado ao Adilson pela ID! )


Após andar mais um tanto, finalmente chegamos no Ribeirão dos Mascates




Na beira, sobre uma enorme árvore caída, estava essa também enorme aranha pescadora:


A vegetação era um cerradão bem característico, com árvores com troncos retorcidos e casca bastante espessa:


Após mais uma boa caminhada, chegamos no famoso Canyon, uma paisagem magnífica:


Procurando na margem, não achei nada além de Utricularia nervosa (foto) e U. gibba




Sobre as pedras, havia um casal de lagartos, fazendo um tipo de dança nupcial bastante engraçada...




Pra finalizar, mais umas fotos do Canyon:




Aguardem ansiosamente as Partes 1 e 2!!!

Abraços,

Fala Paulo,

muito legais esse lagartos, ainda bem que eles alongaram a apresentação para você assistir e fotografar

Drosera interessantes, mas parece que teremos outras em breve... ainda mais interessantes?

A propósito, o solo parecia bem seco onde estavam essa plantas, confere? Qual a composição?

Um abraço.

Fala Carlos,

Cheguei a filmar a corte, muito engraçado!


Infinitamente mais!


Sim, sim!
As plantas mal voltaram da dormência, ainda não choveu o suficiente, mas, os locais onde ocorriam D. hirt. hirt. e D. tomentosa certamente estarão úmidos nos próximos meses. As communis cresciam na margem de um riachinho que não chegou a secar.
O solo é quase areia pura, comberta por um filme de cianobactérias pretas (fotos mais explicativas nas outras partes), que está seco nas fotos.

Abraços,

Fala Paulo,

valeu pelas explicações.
Estou quase certo que a areia é um elemento que deveria constar em maior volume nos meus substratos, para as D. brevifolia, D. capillaris, U. erectiflora e U. subulata que encontrei em Floripa também era quase que só areia e um filme de bactérias cianofíceas.

Aguardo as demais droseras

Um abraço.

Curti muito essa foto de hirtella. Estou estudando os ambientes dessa espécie pra dar uma procurada mais específica lá na Serra.
Ela estéril me confundiu muito ali na foto. Bela planta.

Tb acho que seja uma amethystina amarelinha e quanto a tomentosa não dá pra ver a variedade mesmo não (do jeito que o Fernando me ensinou) pq a haste está jovem.

Vou te pedir uma ou duas dessas communis herborizadas se vc possuir. Vc tem?

Parabéns cara, agora quero ver as partes 1 e 2!

Abraços.

Carlos - Eu aumentei bastante a proporção de areia nos meus substratos, acho que tem funcionado.
Estou usando um substrato composto basicamente por areia e sphagnum (com um pouco de vermiculita e turfa) para as Droseras brasileiras e um substrato com bastante turfa, areia e vermiculita para as Droseras (e Genlisea) africanas e Pinguiculas. Tem funcionado...

Nílber - até encontrar uma planta com haste floral, não sabia muito bem o que era aquela planta, apesar do ambiente, unido à prefoliação já serem suficientes para determinar que era D. hirtella...
Realmente difícill dizer que variedade é (tomentosa ou glabrata)... a haste está cortada, não dá pra saber até onde iam os pêlos... mas pelas características de ambiente, deveria ser uma glabrata (pelo que pude observar e o Fernando confirmou, as glabratas ocorrem, geralmente, à beira de riachos, enquanto que as tomentosas ocorrem em brejos, como vocês verão na parte 2 que já vou publicar - mas isso, certamente, não é geral).

Parte 1 saindo já já!

Abraços,

Paulo, fantasticas as fotos.

A orquidea é uma Bletia catenulata

Obrigado, Adilson!


É... minha taxonomia de Orchidaceae já não é mais a mesma...
Obrigado!

Nílber - esqueci das communis... Tenho plantas herborizadas sim, o problema é que, se me lembro bem, tem só uma com haste floral... vou conferir se as que coletei em outro ponto tem, ao menos, resquícios de hastes antigas.

Abraços,

Valeu Paulo,
brigadão. Uma ou duas com hastes mesmo secas já está ótimo!

Abraços.