Olás,

Finalmente, aqui está a tão esperada parte 2!

No dia seguinte (dia 2) começamos explorando um dos pontos mais ricos da Serra. Essa é uma região com vários afloramentos de onde brotam várias nascentes, algumas delas resistem até durante a época da seca, favorecendo a diversificação de espécies que nelas ocorrem, além de permitir que essas atinjam tamanhos bastante consideráveis.
Mas.... infelizmente eu estavam com a câmera ruim, então, essas são as enormes D. tomentosa var. tomentosa que habitavam esse pântano:


Pois é...

As únicas fotos boas que tenho das plantas dessa região são de plantas coletadas para herbário, que levei para o carro e fotografei com outra máquina, antes de prensar:
Drosera tentaculata








E a flor de Drosera camporupestris




É nessa região em que ocorrem algumas das raras populações de Drosera sp. “Cipó”. Guiado pelo GPS, informações da localização e pela imagem da região onde essa sp. ocorre, saí a procura.


Mas não achei nada...

Reparem naquele morro, o mesmo dessa imagem do site do Fernando (que não está abrindo por aqui):


Fica pra próxima...

Mas achei, no caminho, uma espécie que eu não tinha visto nessa região, Drosera chrysolepis:


Continuando nosso dia, fomos explorar um outro local, não muito distante dalí, onde eu ainda não tinha ido.
Dessa vez eu estava munido de uma câmera decente, emprestada.
Um campo com vários Actinocephalus sp. (Eriocaulaceae)




E uma bela Melastomataceae


Logo de cara o local não parecia muito promissor, mas achei várias Drosera hirtella var. hirtella

Continuei explorando a região e avistei ao longe uma cachoeira, o local perfeito para encontrar Utricularia neottioides, espécie que eu ainda não tinha encontrado.




No meio do caminho, encontrei essa interessante Asteraceae suculenta:


Chegando lá, encontrei, na beira desse rio:




Uma pequena Utricularia amethystina


E, descendo um pouco mais...


A bela Utricularia neottioides, crecendo sobre as rochas em meio à água corrente:








Notem os estolões presos à rocha por apressórios






E, crescendo sobre as rochas secas na beira de um pequeno riacho seco afluente desse maior, Drosera tomentosa var. glabrata






E algumas U. neottioides já secas


E aqui termina o dia 2...


No dia seguinte, fomos explorar um grande vale arenoso mais ao norte. Segundo meu orientador, essa região seria o Campo Redondo (ou Capão Redondo), mas não temos certeza se é ali mesmo.
Essa região perecia ser bastante promissora, o solo era de uma areia branquíssima e havia vários pontos de solo úmido.




Uma Vellozia


Essa (provável) Apiaceae era bastante comum e lembrava muito uma Dionaea:


As PCs mais comuns ali eram Drosera tomentosa var. tomentosa

E Utricularia laciniata




Além de Utricularia amethystina (sem fotos)

Seguimos adiante, a estrada era bastante difícil, mas estávamos com uma 4x4, então isso não era um problema




Paramos num outro local muito promissor, Utricularia laciniata crescia pra todo lado






Assim como Drosera tomentosa var. glabrata








Flor


Na sombra


E logo apareceram as Drosera chrysolepis




Essas plantas eram bem menores que aquelas que ocorrem mais ao sul. Esse tamanho reduzido deve estar associado à baixa quantidade de matéria orgânica no solo e ao maior stress hídrico ao qual essas plantas estão submetidas.
Aqui, crescendo ao lado de D. tomentosa var. grabrata


Algumas D. chrysolepis estavam floridas


Uma planta muito jovem


Uma população enorme










Várias delas estavam com flores e botões

Já de volta ao carro, meu orientador me mostrou algumas Utricularia neottioides que ele havia encontrado... infelizmente o local era muito longe e, para poder ir até lá eu teria que sacrificar uma parada que eu queria muito fazer... decidi não ir (vocês vão entender o porque mais abaixo)...
Mas aqui estão as U. neottioides




E Genlisea violacea, que também ocorria nesse local onde eu não fui...


Voltamos para a estrada e eu pude fazer minha parada. Em novembro passado estava tudo seco por aqui e eu não consegui encontrar o que procurava. Mas dei muita sorte dessa vez e consegui encontrar, ainda em flor, alguns exemplares da enorme e belíssima Genlisea sp. “Cipó“.
As fotos não são minhas, mas sim da Lívia, que fotografava as plantas enquanto eu procurava por mais delas...








Notem a enorme quantidade de glândulas:


E o habitat, uma região de solo turfoso às margens de um pequeno riacho (que já estava seco).


Por fim, no último dia, no qual voltaríamos pra SP, depois de um delicioso cafá da manhã na Pousada Monjolos, resolvi explorar um pouco as margens do Rio Cipó, que forma essa bela cachoeira ao lado da Pousada:


E encontrei algumas Utricularia pusilla




E esse foi o fim dessa incrível viagem.
Notem a felicidade... rs



FIM!

Abraços,

paulo fico com inveja dos lugares que você viaja, parabens pelas fotos.

incrível!
um dia eu vou la...

Caraaaacas, quase infartei aqui!
Show de bola, Paulo! Aquela população enorme de D. chrysolepis estava fantástica!
Obrigado pelas fotos e tomara que a sua próxima viagem seja tão boa quanto essa!!!

Abraços,
Vitor B.

Noooosaa! Que show de fotos! Parabéns!
Ainda faço uma viagem a um lugar desses!
[ ]'s

Paulo! Que viagem, literalmente falando! É o Paraíso das PC's! Incríveis fotos e descobertas, parabéns!

Belas imagens!