Companheiros foristas, é com muita felicidade que venho mostrar à vocês as fotos da minha primeira expedição para procura de carnívoras. Depois de algumas pesquisas e alguns relatos, eu e mais dois amigos fomos explorar uma região na qual havia uma chance de existir algumas PC's.
Quando chegamos ao local, começamos a procurar pelos locais mais umidos. A incidência de musgo nesses locais era alta, então pensamos se tivesse PC's ali, elas estariam próximas ao musgo. O que em certo ponto me deixou decepcionado, não achamos nada na primeira procura. Uma foto do primeiro local
Como nunca vi relatos ciêntificos de PC's nesse local, apenas alguns relatos antigos e nada seguros, pensava em no máximo encontrar Utricularias, então começamos a procurar nos pontos alagados, como na foto abaixo. Mas, infelizmente mais uma vez o resultado foi negativo.
Outro local no qual procuramos e não encontramos nada.
Após andarmos mais um pouco, nos deparamos com uma trilha que eu, pelomenos, nunca tinha percorrido. Então, começamos a procurar. Finalmente, com meus olhos de lince consegui avistar a primeira Drosera. Estava pequena e do seu lado havia algumas outras. Fiquei muito extasiado pois cultivo PC's a menos de um ano e sempre tive vontade de vê-las em habitat, mas pensava que elas estavam longe de mim. A primeira D. communis.
Essas estavam pequenas, mas estavam com um vermelho bonito e com muita muscilagem. Fomos pela manhã, o horário que o sol ainda não secou suas gotículas, estavam com um visual deslumbrante.
Quando cai na real, parei de olhar a primeira planta e comecei a olhar ao seu redor. Vi que existiam muitas outras Droseras no local. Fiquei até com medo de pisar em alguma.
Depois do primeiro choque, consegui pensar direito e tirei uma foto do local onde encontrei as primeiras.
Seguimos adiante e ao percorrermos o caminho, percebemos que elas estavam por todos os lados. Essa foi a primeira encontrada que estava quase 100% submersa.
Estas quase se encontravam na situação descrita na foto acima.
Mais uma foto do local de ocorrência delas. Vale salientar que essa mancha que aparece na água, não é nada mais do que minério de Ferro. Devido a grande ocorrência dele, pensávamos que elas não iriam crescer, o que foi se mostrando ao contrário.
Algumas plantas que fomos encontrando pelo caminho. Grande parte das plantas estavam com hastes, mas até esse momento não tinha visto nenhuma flor ainda, apenas um pequeno botão que não tinha aberto.
Como estava cedo, o sol não estava com sua incidência máxima. Mesmo assim, pudemos ver que algumas plantas cresciam com sol direto, apenas protegida por uma vegetação de uma planta que não me recordo o nome e algumas cresciam em regiões mais sombreadas, como se vê na foto a seguir.
A partir desse ponto, as Droseras foram ficando cada vez mais comuns. Essa mini-colônia foi a primeira de muitas que encontramos.
Aqui elas(colônia e plantas) começavam a ficar grandes.
Mais um local onde elas estavam em grande quantidade.
O local onde elas se encontravam era perto de um pequeno riacho, algumas devido a erosão causada pela água, estavam quase sendo levadas pela pequena correnteza.
Um macro de uma folha.
E elas continuavam por todos os lugares.
Nessa foto está uma das maiores, se não for a maior, colônia que encontramos.
Aqui também, uma bem grande.
Mais um local onde elas estavam aos montes.
É, não eram intermedia, por isso a diferença. Valeu Fernando
Depois de olhar muuuito, consegui achar uma flor que estava quase abrindo.
Mais um macro.
Uma solitária.
Um dos últimos lugares de ocorrência delas, provavelmente deve haver mais locais, mas como achei outra planta interessante, parei de procurá-las.
A outra PC interessante está na foto abaixo. Como estava no meu pensamento, as Utricularias também estavam lá. Enquanto eu estava seguindo nas fotos e buscas pelas Droseras meu amigo (Leo) encontrou essas Utricularias. Nenhuma estava com flor e como dessa espécie não conheço quase nada, não arrisco nem um palpite, deixo para quem sabe.
Uma foto da pequena planta fora d'água.
Essas folhas estava sobre o pequeno pedaço de madeira.
Dá para se perceber a grande quantidade de minério de Ferro na água.
E para finalizar, mais uma fora d'água.
Explicando porque não citei o local aonde elas estão. Prefiro não revelar o local de ocorrência, pelomenos momentaneamente, devido a preservação delas. Infelizmente o local não é preservado, não é uma reserva e não tem nenhum tipo de fiscalização e cada vez mais está sendo prejudicado devido as atitudes humanas, então tenho medo de revelar e as pc's acabarem sumindo. A exemplo disso temos um orquidófilo brasileiro, Waldyr Fochi Endsfeldz, que ao descobrir o habitat da Cattleya walkeriana, revelou o local com precisão e tempos depois devido a retirada excessiva feita pelo homem dessa espécie acabou quase que desaparecendo. Posso dizer que elas se encontram no estado de SP e que por enquanto estão seguras, pelomenos eu acho. Espero que compreendam essa minha atitude.
Abraços