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Serra do Caraça - parte 3 http://www.plantascarnivorasbr.com/forum/viewtopic.php?f=27&t=6976 |
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Autor: | leo [ 26.06.2010(Sáb)20:31 ] |
Título: | Serra do Caraça - parte 3 |
Olá a todos, aqui vai a última leva de fotos do Caraça. Mais algumas orquideas rupícolas interessantes que encontrei. Pleurothallis teres. Essa espécie geralmente ocorre junto com as Laelias rupestres (ou Cattleyas). ![]() ![]() Essa cresce nas Vellozias e é bem comum em Ibitipoca e no Caraça também. Oncidium warmingii ![]() ![]() E crescendo no mesmo ambiente da espécie acima, a belíssima Cattleya cinnabarina ![]() ![]() O parque possui alguns picos que vale muito a pena subir pois tem muita coisa legal pra ver no caminho e lá em cima também. Eu visitei o Pico do Carapuça que tem 1950m de altitude O Pico é aquele mais alto na foto ![]() Vista na subida do pico ![]() E no caminho mais plantas interessantes Epidendrum xantinum ![]() Esse Epidendrum com uma cor muito linda que eu nunca tinha visto e não sei a espécie ![]() |
Autor: | leo [ 26.06.2010(Sáb)20:32 ] |
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Vista de cima do pico do Carapuça. A construção lá embaixo é o Santuário ![]() ![]() ![]() Lá em cima tinha Epidendrum saxatile, mais uma espécie que adora crescer nas Vellozias ![]() No caminho para o pico é possível ouvir muitas explosões das mineradoras que retiram ouro, ferro e outros minerais dessas serras mineiras. E de cima do pico é possível ver o estrago que a VALE, Anglogold e outras empresas fazem nessa região ![]() No pico havia algumas partes bastante umidas com muitas Utricularias amarelas e Genliseas crescendo junto ![]() ![]() Genlisea violacea ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
Autor: | leo [ 26.06.2010(Sáb)20:33 ] |
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E na subida para o pico, a uns 1700m eu encontrei outra espécie muito interessante, que apesar de estar em um local bastante restrito, apresentava um bom número. Drosera graminifolia ![]() ![]() ![]() Cresciam na beirada da trilha, em local bem umido Havia algumas plântulas também ![]() Impressionante o tamanho dessa espécie ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Feliz após ter visto tanta coisa legal ![]() Termino meu relato com o símbolo do parque, o famoso Lobo-guará do Caraça ![]() Espero que tenham gostado Abraço a todos. |
Autor: | Felipe_Pinho [ 26.06.2010(Sáb)21:56 ] |
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Nossa Leo, meus parabéns, todas as fotos inclusive as dos outros posts estão de mais. Curti muito aquele monte de Genliseas crescendo juntas a Drosera graminifolia nem se fala. E as orquideas eu gostei de mais tambem, elas tem uma coloração magnifica, minha mãe adorou tambem. Parabéns. |
Autor: | Fernando Rivadavia [ 27.06.2010(Dom)11:33 ] |
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Aaaah, que saudades do Caraça, 1o lugar onde vi PCs na natureza no Brasil em maio de 1990! Nossa, 20 anos já... ![]() Leo, vc não tem idéia do qto estou feliz de ver G.violacea e especialmente D.graminifolia vivas sobre o Carapuça. Talvez eu te contei, mas no início dos anos 90 haviam carpetes de sphagnum laranja cobertos por D.graminifolia, U.reniformis e G.violacea -- e um pouco mais acima grandes quantidades de D.graminifolia beirando a trilha em solo arenoso. Mas cada vez q eu ía (foram várias nos anos 90), havia menos sphagnum e menos D.graminifolia, U.reniformis e G.violacea. Até q uns 10 anos após minha 1a visita já não havia mais sphagnum e havia uma unica D.graminifolia adulta beirando a trilha (além de umas 5 plantas jovens mal-formadas). As Vellozias estavam tbm todas mortas, como orquídeas e outras. Todos culpavam um grande incêndio um ano antes. Mas o incêndio ocorreu justamente pq as plantas estavam todas morrendo, caso contrario as plantas se recuperariam como sempre fazem após incêndios em campos rupestres. No início não entendi o q estava acontecendo, mas finalmente percebi q essa degradação ambiental era culpa de algum tipo de poluição q estava subindo das mineradoras na base da serra (tipo o q ocorreu em Paranapiacaba por culpa de Cubatao). Apesar da aparente recuperação parcial de D.graminifolia, fico pensando qtas outras espécies podem ter sumido nesse desastre ambiental, e especialmente na perda de variabilidade genética. Valeu pelso relatos fantásticos Leo!! Fernando |
Autor: | Samoied (Adilson Peres) [ 27.06.2010(Dom)11:51 ] |
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Excelente o relato Leo, e belíssimas imagens também. Essas G. violacea do caraça tem uma forma muito bonita, são mais redondodas do que as de Ibitipoca e Aiuruoca. As D. graminifolia parecem ter uma forma diferente das que eu conheço de Botumirim - grão mogol, parecem ter mais folhas. Qual era o tamanho aproximado delas? Valeu pelas fotos e espero ver mais viagens suas por ai! Um abraço Adilson |
Autor: | Fernando Rivadavia [ 27.06.2010(Dom)11:58 ] |
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Adilson, Citação: Essas G. violacea do caraça tem uma forma muito bonita, são mais redondodas do que as de Ibitipoca e Aiuruoca. Realmente sao bastante diferentes e possivelmente até espécies distintas (basta ver a posiçao de G.violacea Ibitipoca na filogenia q publiquei com o Andreas F. mes passado). Mas mesmo no Espinhaço, dá pra diferenciar G.violaceae do Caraça das de Diamantina/ Cipó e outros lugares. Citação: As D. graminifolia parecem ter uma forma diferente das que eu conheço de Botumirim - grão mogol, parecem ter mais folhas. Qual era o tamanho aproximado delas? Ah, não sei se vc sabe q a D.graminifolia do Caraça é sim bastante diferente das q crescem de Diamantina até Grao Mogol. Saint-Hilaire publicou as 1as como D.graminifolia e as últimas como D.spiralis. Pelo menos subespécies distintas elas são. Abs, Fernando |
Autor: | Felipe_Pinho [ 27.06.2010(Dom)12:42 ] |
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Fernando Rivadavia escreveu: No início não entendi o q estava acontecendo, mas finalmente percebi q essa degradação ambiental era culpa de algum tipo de poluição q estava subindo das mineradoras na base da serra (tipo o q ocorreu em Paranapiacaba por culpa de Cubatao). Nossa fico muito triste de saber estas coisas, é uma pena ter obras de seres humanos que não pensam nem um minimo pelos habitats que ocorrem aos redores. Eu já não irei conhecer essa fartura de plantas que havia a 10 anos atraz por lá ![]() mas creio que devem ter muitos morros menos famosos cheio de beleza tambem. |
Autor: | Fernando Rivadavia [ 27.06.2010(Dom)14:09 ] |
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Hello Felipe, O mais triste de tudo não é o q a mineradora fez, e sim o aparente "encobertamento" das causas por todos -- padres do Caraça inclusos. Negam ser culpa das mineradoras, talvez por serem elas a grande fonte local de empregos e impostos. Infelizmente eu não sei o q houve extamente nos anos 90. Pq a coisa piorou tanto? E pq depois está se recuperando (aparentemente)? O q a mineradora fez de diferente nos anos 90 q causou este desastre? Ah, e vai saber como era nos anos 80? Ou antes? quando St.-Hilaire as coletou no início do séc.19? Vai q eu peguei o finalzinho, q antes eram bem mais abundantes? Nunca vi fotos desta população de D.graminifolia no Carapuça antes dos anos 90 e infelizmente eu tirei poucas fotos pois foi na era pré-digital e eu estava começando a aprender a tirar fotos (e não podia gastar mto, pois era mto caro tirar fotos!!). Anyway, infelizmente tem mtas espécies de flora e fauna q só existem no Caraça, inclusive a forma tipo de D.graminifolia. Ela parece ocorrer apenas nos 4 picos mais altos do Caraça: Carapuça, Inficcionado, Pico do Sol e Canjerana. Tem uma coleta sem data q parece ser da D.graminifolia "tipo" da Serra de Betim, sul de BH (Betim, Alto da Serra do Betim, s/d, Damazio 977 (OUPR)). Nunca explorei esta serra, mas sempre vejo ela sendo detonada por mineradoras toda vez q a atravesso, chegando em BH pela rod. Fernão Dias. Entre o Caraça e a Serra de Betim tem algumas outras montanhas altas, inclusive a Serra da Piedade e o Pico do Itacolomi. não conheço coletas destas serras e eu mesmo não vi D.graminifolia por lá, mas não duvido q ocorresse nestes picos antes da explosao mineradora do Brasil colônia. Abs, Fernando |
Autor: | leo [ 27.06.2010(Dom)18:18 ] |
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Obrigado a todos pelos comentários. Tentei mostrar um pouco do local, espero que tenha conseguido. Bom, eu havia pedido umas dicas pro Fernando antes da viagem e ele me contou sobre o sumiço de algumas espécies no alto do pico e eu fiquei muito feliz ao encontrar Drosera graminifolia na trilha para o pico que visitei. Porém tenho que confessar que fiquei um tanto decepcionado ao chegar no alto do pico, pois depois de toda a riqueza de plantas que vi nos campos rupestres das partes mais baixas do parque eu esperava muito mais lá em cima. Os picos não são muito visitados pois é uma subida um pouco puxada e eu imaginei que veria muito mais coisa, mas quando cheguei lá vi uma vegetação toda queimada, nada de drosera, uma orquidea aqui outra ali e só. Bem diferente de outras partes do parque e bem diferente do que eu esperava. Se a vegetação de campo rupestre se recupera após queimadas o mesmo parece não estar acontecendo ali. O porquê eu não sei. Muito triste pois tem muitas espécies endêmicas nessas serras. Mas conheci uma família que visitou o Pico do Inficionado e um garoto me disse que viu carnívoras lá em cima e pela descrição é Drosera graminifolia. abraços, Léo |
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