Hello Paulo,
Heheehe, vc adora me contrariar, não?

Acho que foi apenas um desentendimento quantitativo, uma questão
relativa. Lembre-se que eu já vi mtas plantas na natureza e em muitos lugares diferentes. Então não é qq pequena variação de cor que me chama atenção hoje em dia, hehehe!
Explico: observando tuas flores, veja como elas são parecidas. Não só o formato e comprimento das pétalas, mas até as duas elevações amarelas são +- do mesmo tamanho e altura. Veja inclusive como as nervuras roxas estão nos mesmos lugares nas duas flores. A real diferença entre elas é apenas uma questão de intensidade de pigmentos roxos.
Já se vc olhar as flores de
G.violacea da Canastra, Ibitipoca, Furnas, Caraça, e outros, vai ver que a coloração tem uma distribuição diferente, as vezes sem nervuras, ou com manchas brancas maiores, com o amarelo menos elevado, etc. Muitas vezes, apenas olhando a foto de uma flor, eu consigo até dizer de onde é aquela
G.violacea (se bem que ando meio fora de forma, precisaria dar uma refrescada, hehehe!).
Estas duas plantas q vc tem são típicas da região que se extende da Serra do Cipó até arredores de Diamantina (Itacambira tbm? não lembro daquela flor...). Nesta grande área, as
G.violacea tendem a ter estas nervuras roxas bastante óbvias em todas as pétalas, o amarelo não é mto intenso e há branco apenas numa pequena região ao redor dos traços amarelos.
Esta forma "albina" que vc teve a sorte de obter de sementes não é mto comum, mas já a vi em alguns lugares sim. Ela ocorre inclusive com a
G.sp."violacea gigante" da região de Itacambira a Grão-Mogol. Quem sabe auto-polinizando as flores vc consiga uma forma realmente albina, e não apenas mais clarinha. Eu só me lembro de ter visto flores verdadeiramente albinas na Serra do Caraça e na Serra do Cipó.
Na época que eu cultivava PCs, me lembro de tentar fazer cruzamentos entre os diferentes tipos de
G.violacea e obter umas plantas mto legais! Lembro bem de uma delas (Ibitipoca X Furnas), que ficou imensa, maior que ambos os pais, demonstrando verdadeiro vigor híbrido.
Abraços,
Fernando Rivadavia
P.S. Andei desenvolvendo um plano que me permitirá futuramente mostrar tudo isto a vcs... Estou pesquisando comprar um escaneador de slides, para poder digitalizar a montanha de slides que tenho da era pré-digital -- que foi quando eu fiz grande parte das minhas explorações pelo Brasil. O mais legal foi descobrir que dá pra escanear tbm filme negativo (dos quais eu tambem tenho pilhas interminaveis) e transformar em positivos! Vai dar um trabalho do caramba fazer isto, mas vai valer a pena, antes que estes slides e negativos se estraguem. Pena só que na época eu era um fotografo ainda pior do que eu sou hoje em dia, então muitas das fotos são um horror...