Oi, pessoal, nesta sexta-feira visitei, com o pessoal do grupoda feira cultural, o Herbário da UFBA, não pude deixar de fotografar os exemplares de carnívoras que fazem parte dele. Aqui vão elas:

Nepenthes alata e a outra não conheço...

U. adpressa (flores)

e visão total da planta


U. cf. myriocysta

Detalhe:

U cf. gibba(coletada em 1956!!! )

Detalhe:

Drosera communis

Detalhe:


Drosera montana


detalhe de haste floral

Esaas já são mais recentes, de 2001

Drosera chrysolepis




Espero que tenham gostado,
Att jonathan

Hello Jonathan,

Mto obrigado pelas fotos! Não lembrava de ter visitado este herbário, mas tô vendo uma identificação minha de 2002 (U.adpressa).

A coleta seguinte identificada como U.myriocista me parece ser U.breviscapa. Já a tal "D.communis" não tem nada a ver, hehehe! É uma forma de D.villosa q tem lá na Chapada Diamantina. A 2a e 3a "D.montana" são na verdade D.tomentosa var.tomentosa.

Abs, Fernando Rivadavia

Deve ter sido da primeira coleta do Fernando Rivadavia!! rssrs
Zuera Fernando!

Apesar de eu achar muito interessante esses herbarios, eu ainda fico itrigado com eles, tipo, a amostra é amasada e seca, perde caracteristicas como espessura, cor, aroma... ou seja para pesquisas futuras elas são de pouco proveito. Não existe uma forma melhor de conservar essas plantas? Como o formol é para os animais, não existe um equivalente para a botanica não???

Vi uma vez um cientista que resolveu tirar raio X das plantas, era uma experiencia que ele mesmo admitiu fora fracassada, mas o efeito visual ficou tão interessante que hj são feitas exposiçoes com essas radiografias!!




Troca de figurinhas??? Vai ver que o herbario pra onde vc levou essa coleta, já tinha esse material e resolveu trocar ficgrinhas com os Bahianos!!



Porque num cai uma dessas no teste de identificação??? Eu teria acertado (que num era communis) rsrsr!!

Valeu pelas fotos Jonathan!!

Abraços

Pouco proveito coisa nenhuma!!! É pra essas manter essas características que são perdidas no processo de herborização que existe uma ficha que acompanha a coleta (essa fichinha com o nome da planta na extremidade direita inferior da cartolina). Uma boa ficha sempre contém informações sobre o habitat da planta, além de coloração e qqr outra característica importante que venha a se perder.
Em geral esses solventes utilizados na preservação de animais (e, em alguns casos de plantas também - inteiras ou partes delas que são mais frágeis) diluem os pigmentos, são inflamáveis e/ou tóxicos, além de tornarem a manipulação do material muito mais difícil do que se o material simplismente estivesse preso a uma folha da cartolina.

Obrigado por postar essas fotos, Jonathan!


Abs,

Olá PHD,



Boa!! Mas aguarde a vingança, hahaha! ;)

E como falou o Paulo, os herbários são a melhor maneira de preservar as plantas p/ a posteridade. Isto eu só entendi quando comecei a ver herbarios coletados em 1900, 1800 e até antes.

A coleta mais impressionante q eu vi, que mais me marcou e me mostrou a importância dos herbários em geral, foi o herbário tipo da D.petiolaris, a 1a coleta desta espécie australiana. As plantas estavam lindas, parecia que haviam sido coletadas na semana anterior. E no entanto haviam sido coletadas na 1a expedição britânica pela Austrália, quando o capitão James Cook e sua tripulação navegaram pela costa leste australiana em ***1770***!!!

Diferentemente dos portugueses, os ingleses não estavam buscando apenas riquezas. Eles tinham curiosidade cientifica tbm e na expedição do Cook estavam presentes os naturalistas Banks e Solander, que realizaram esta coleta de D.petiolaris (a 1a Drosera encontrada na Australia se não me engano) entre outras. E incrivelmente conseguiram trazer de volta herbários de ótima qualidade, q sobreviveram aos tempos e conseguem até envergonhar coletas muito mais recentes (minhas inclusive!).

Sorte do Allen Lowrie que existe material tão rico e de tão boa qualidade p/ ele poder comparar com as espécies novas q sempre descobre na Austrália, p/ saber qual espécie é qual. Infelizmente nos temos q nos contentar com coletas em geral bem piores, realizadas pelo Saint-Hilaire no início do século 19 -- como este herbário tipo de G.pygmaea abaixo que consiste de uma única haste floral amassada, sem roseta ou harmadilhas...







Abs, Fernando Rivadavia


P.S. Mtas vezes eu fiz coletas em alcool p/ ajudar a preservar algumas estruturas mais sensiveis como as flores. Tbm já fiz coletas em silica gel, p/ secar as plantas rapidamente e assim preservar DNA p/ estudos genéticos. Além disso já fiz muitas coletas de pontas de raízes em solução especial p/ preservar os chromossomos p/ a contagem destes. E tenho tbm mtos envelopinhos de sementes separados p/ estudos morfólogicos destas. Dependendo do objetivo, dá p/ preservar as plantas (ou suas partes) de maneiras diferentes, p/ estudos diferentes. Sem falar nas milhões de fotos que tiramos das plantas em campo e das anotações q fazemos sobre os ambientes, que também ajudam a "preservar" informações importantes sobre as PCs.

PHD,

Esqueci uma coisinha:




É... só tem uma pessoa que insiste em cometer estes pecados taxonômicos, hehehe! ;)


Abs, Fernando Rivadavia

Vixi manos,olha a data da coleta da utricu ahuahuahua de 1956


..bem bacana!
Abracs!

Jean,

Olha a data da Genlisea acima!

Abs, Fernando Rivadavia

Eita nós,muito tempo,de arrepia.
Abrcs!

Essa coleta de 1770 calou a minha boca....
Valeu Paulo, eu sempre pensei que essa ficha só tinha o nome da coleta, a data, o local e o coletador, não sabia que era tão detalhada.
Mas como o Fernando falou, de fato existem maneiras de preservar melhor algumas estruturas.
Mas apesar de tudo, nada é mais barato que uma folha de cartolina e nada é melhor que ver as plantas ao vivo (se é que no futuro restará alguma).
Fernando ainda resta alguma duvida sobre a capacidade intelectual dos colinizadores portugueses?



Como diria o sabio filosofo Sr. Madruga da Vila del Chavo "A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena"

Abraços