
Hibridos artificias de dróseras nativas
Olá pessoal,
Gostaria de botá-los por dentro de algo interessante q andei observando recentemente.
Na natureza já sabemos q existem alguns híbridos naturais entre nossas dróseras nativas, como por exemplo D.grantsaui X D.tomentosa, D.communis X D.hirtella var.lutescens, D.hirtella var.hirtella X D.hirtella var.lutescens e possivelmente mais algumas ainda não confirmadas.
Mas andei escutando de algumas pessoas na Europa dizendo que conseguiram fazer híbridos artificiais em cultivo entre espécies q aparentemente não formam híbridos na natureza -- ou de repente formam sim, mas nunca vimos ou não percebemos que eram híbridos. Por isso queria mostrar umas fotos recentes a vcs p/ alertá-los a ficar de olhos (e mente) abertos quando estiverem em campo ou p/ o que podem descobrir nos seus vasos algum dia, graças a algum polinizador acidental.
Vejam por esxemplo um tópico do Dani O. no CPUK (
http://www.cpukforum.com/forum/index.ph ... opic=34002) onde ele mostra suas lindas D.schwackei em floração. Coloco aqui apenas algumas das fotos:



E em seguida ele mostra uma foto do q ele acredita ser um híbrido de D.schwackei com D.tomentosa var.tomentosa (ainda tá um pouco jovem, mas parece ser isso mesmo!):


E vejam neste link acima q ele tbm mostra fotos de do híbrido artificial U.nephrophylla X U.geminiloba, espécies que frequentemente são encontradas juntas na natureza e q possivelmente formam híbridos naturais tbm -- basta procurarmos melhor.

Mas voltando ao assunto Drosera, em seguida ele colocou outra resposta com fotos ainda mais intrigantes do que parece ser um híbrido D.ascendens X D.schwackei. Vejam 1o um foto da D.ascendens mãe do Pico da Bandeira (Serra do Caparaó):

E agora as fotos do possível híbrido D.ascendens X D.schwackei:


Infelizmente não encontrei mais fotos de possíveis híbridos artificiais usando nossas dróseras no CP Photo Finder, mas sei q elas existem em cultivo -- especialmente nas mãos do Andreas F. q andou cruzando algumas das nossas nativas com algumas africanas.
Mas vejam q hibridações geralmente só funcionam entre espécies mais aparentadas, e não por exemplo entre D.ascendens e uma drósera tuberosa, micro-drósera, D.binata, D.petiolaris, ou D.burmannii. Aliás, sabemos de híbridos artificiais entre D.burmannii e a nativa D.sessilifolia, mas estas são tão próximas ao ponto de ser difícil dinstinguí-las.
Para entender melhor o parentesco das dróseras, vejam a árvora filogenética abaixo. As nossas nativas encontram-se todas (com excessão de D.sessilifolia e D.meristocaulis) em dois dos 3 ramos principais na parte superior da figura (um ramo tetraplóide brasileiro de D.schwackei a D.graminifolia, e um ramo principalmente diplóide e majoritariamente do Novo Mundo de D.neocaledonica a D.capillaris). Caso alguém esteja interessado em tentar fazer alguns híbridos artificias em cultivo, as espécies do ramo diplóide parecem cruzar melhor entre si, como tbm as espécies do ramo tetraplóide comas do ramo poliplóide Africano (último ramo na parte superior, de D.aliciae até D.hilaris). Algumas espécies da Ásia/ Oceania estão na base destes 3 ramos e parecem ser bastante polivalentes: D.neocaledonica, D.tokaiensis, D.oblanceolata e as várias formas de D.spatulata.

Abs, Fernando Rivadavia