Povo
Estive em 3 lugares em minas agora em Julho passado. Um deles é Grão mogol, local ja conhecido por possuir uma flora unica em diversas familias de plantas, inclusive de Carnívoras. Irei relatar minha viagem em dois topicos separados: Um para um destes dois lugares e o outro para o outro lugar e Grão Mogol.
Decidi não revelar onde ficam os outros "dois lugares" pois neles existem espécies raríssimas de Cactos e orquídeas. Diferente das Pcs, cactos e orquideas sofrem um pressão consideravel por coleta e destruição de habitats feitos por orquidófilos e cactófilos amadores bem como por vendedores e mateiros inescrupulosos. Revelar publicamente onde ficam tais habitats é coloca-los em risco. Por isso espero a compreensão de todos.
Vamos então ao relato de um desses dois lugares, onde Achei plantas absolutamente maravilhosas e uma espécie de Drosera muito interessante que ja conseguiu tirar o sono do Paulo e do Fernando
Algumas visões da região onde fica um desses lugares:




O Rio Jequitinhonha

Mais uma visão dele ao fim da tarde.
As primeiras pcs que encontrei estavam em um desnivel onde brotava agua, o solo era bem umido e arenoso, com capim característico.

Nele começaram a pipocar velhas conhecidas:




Genlisea violacea.


Uma interessante forma com o calcar com a extremidade inflada.

Entre elas haviam pequenas plantulas de Drosera que pareciam ser D. tomentosa.


Algumas D. communis tb.
Mas o que mais havia por la era



D. hirtella var. hirtella.

Que estavam com suas características hastes curvadas e peludas.


Esse tinha a haste totalmente enrolada dando um nó, achei bastante estranho e divertido isso.

No meio delas as vezes tinham plantas com hastes não curvadas. Seria a var. lutescens ou ainda talvez D. cayennensis?
Subindo as pedreiras que haviam em volta desse habitat pude achar varias não carnívoras muito interessantes:

Uebelmannia pectinifera. Um dos mais belos e cobiçados cactos brasileiros

Algumas bem grandes pra espécie


Outras com interessantes padrões deste "protetor solar" de cera que se forma sobre a epiderme do caule dependendo da intensidade solar que a planta é exposta. Essa ai de cima apelidei de "charlie Brown"

alguém consegue ver a orquidea aqui?

Constantia cristinae, uma micro orquidea rupícola.

Cattleya rupestris.

Clusias




Eriocaulaceae

Portulaca hirsutíssima

Veyretia sp Orquidea.

Seria uma Cattleya pantherina essa que encontrei habitando a parede de um bar da cidade?
Indo para ou outro ponto do mesmo município fui subir um flanco mais distante da serra
No Caminho achei varias plantas do meu genero de cactaceae preferido:


Discocactus placentiformis. O famoso Cabeça de frade / almofada de sogra heheh.


Passando por um riacho é claro que alguma pc deveria haver

Utricularia subulata, que me pareceu ser a forma cleistogamica.
Continuando para chegar na serra, mais cactaceae

cipocereus? arthrocereus?


Mais lindas Uebelmannia pectinifera

Eis que chego no pé da serra. E la havia em um areial mais carnivoras:



Mais genlisea violacea.
subindo a serra topo com mais uebelmannia

La encima achei um pequeno riachinho que parecia ser perene. E nos seus lados em lugar mais sombreado e protegido havia mais carnivoras:


Drosera tomentosa var. tomentosa

Genlisea violacea e utric. nana, sem flores.
De orquideas nessa serra achei coisas interessantes ainda que sem flores:

Pseudolaelia aff. vellozicola. Uma orquidea especializada em viver sobre caules de vellozias.

Encyclia seidelii

Aqui ela não sabia se queria ser epífita ou rupicola
E uma grande raridade:


O único hibrido intergenérico de Encyclia que existe: Encycattleya intermedia. Hibrido entre Cattleya rupestris (mãe) e Encyclia seidelii (pai). So existe nessa região por onde passei e mesmo assim existem nos habitats uma quantidade bem pequena de plantas em area que não é area de preservação, então dai minha paranóia para manter o lugar em segredo.

Visão de cima da serra.
Ao Descer a serra, proximo a um riacho intermitente, achei mais pcs:


D. tomentosa var tomentosa crescendo em condições mais secas.
Mas a grande surpresa e incognita da viagem eu me deparei proximo as tomentosa, crescendo em areia pura e seca na beirada de uma pedra:





Drosera sp ???????
A primeira vista parecia ser D. grãomogolensis, porque formava uma coluna perceptivel de folhas, tinha folhas com pecíolo curto, face abaxial pilosa, protofolhas bastante pilosas também. O problema é que eu estava a mais de 300km de distância da região de ocorrencia de D. grãomogolensis. Mas olhando mais de perto vi que as hastes florais eram absolutamente diferentes de D. grãomogolensis


Eram extremamente pilosas, com pelos de cor vermelho forte com uma textura e morfologia que na verdade não são encontradas em nehuma espécie conhecida do Complexo villosa.

E olhando mais de perto ainda os pelos se mostraram não ser nem do tipo glandular simples (como em D. montana e D. grãomogolensis) e nem filamentosos (como em D. hirtella e D. tomentosa). São uma coisa esquisita que é uma espécie de glandular mais desenvolvido que parece um tentáculo rudimentar que cria uma textura bem unica na haste floral. Arrisco dizer que não tem nada parecido em nehuma outra drosera existente.
conversando com o Paulo e o Fernando, é possivel que essa planta possa se tratar ou de Algo novo ou de um velho, esquecido, renegado e desprezado Taxon de drosera que ninguém tinha posto os olhos novamente DESDE o tempo do Saint hillare. E se eu falar pra voces, voces nem acreditariam do que pode se tratar haahhaha. Mas vou deixar para revelar isso depois que o povo tiver mais certeza do que essa planta é.
Enquanto isso mais imagens dela, que é uma Drosera belíssima.







As flores dela eram grandes, com petalas bem redondas que mais pareciam flores de melastomataceae.


Ela possuia também raizes tuberosas, pois vegetava em areia praticamente seca uma boa parte do ano.

Bom Por enquanto é isso. Aguardem proximo post com o resto da Viagem, inclusive com imagens BEM interessantes de D. grãomogolensis no habitat Tipo em Grão mogol.

(Eu, junto a uns Coelocephalocereus purpureous no alto de outra serra)