Olá ! fui surpreendido com a venda de dionaeas no Wal Mart da Tijuca, RJ... o que achei estranho é que o substrato delas está inteiramente seco, mas elas permanecem vivas (embora com uma aparência não muito usual)... como é proibido fotografar lá dentro, não quis arriscar para postar uma foto de uma dessas plantas.
Mas elas parecem ser um pouco diferentes das que temos...
Além disso, me intriga o fato de estarem vivas com o substrato inteiramente seco... confesso que fiquei revirando o substrato dos vasos, mas não consegui identificar a sua composição - é alguma coisa extremamente seca e compactada...
Será que essas plantas são híbridos, cultivados para resistirem a essas condições ? ou será que são simplesmente plantas maltratadas que morrerão assim que adquiridas ?
Alguém já comprou uma dionaea no Wal Mart ?

Seria interessante saber quem é o produtor destas plantas, assim fica mais fácil saber o que é o substrato e variedade da Dionaea.

Abs, Fernando

É turfa e Sphagnum
por isso fica seco e não adianta molhar pq em 2 dias ela ja ta mais que decomposta no substrato. não sei por que aconteceu isso com a minha?

Eu já comprei DIONAEA no wall mart perto do norte shop. A minha está viva ha mais de ano, mas nunca chegou a crescer muito...l

Abração

Vou comprar uma lá assim que for possível, e começo o processo para identificar o fornecedor. Quando estiver com ela por aqui, fotografo e coloco no forum. Mas elas são um pouco diferentes das que costumo ver, tem as armadilhas menores... e, mesmo estando com o substrato seco, e num ambiente de ar condicionado, se mantém vivas...

Francisco, de repente elas estavam lá há pouco tempo nestas condições, por isso a aparência **ainda** saudável.

Abs, Fernando

Pensei nisso também, Fernando. Mas considerei que elas devem ter passado por algum período de estocagem, transporte, etc, até chegarem àquelas prateleiras. E, a julgar pelas condições delas ali, essas etapas também devem ter sido diferentes do tratamento que nós dispensamos às nossas plantas... por isso estou me questionando se não seriam especialmente desenvolvidas para isso ou se o substrato não seria diferente, ou qualquer coisa assim... mas não sou biólogo, sou advogado... só o que posso fazer é conjecturar... rsrsrsrsrsrsrsrss
Grande abraço.
By the way, o livro é ótimo. Principalmente porque pretende desmontar aquelas explicações racistas para a superioridade dos integrantes de alguns lugares do mundo em detrimento de outros... Armas, Germes e Aço deveria ser de leitura obrigatória nos cursos de ciências humanas... vou passar a recomendar aos meus alunos de Direito que, ainda em fases de Pós - graduação pensam de forma etnocêntrica.
Mas isso é fruto daquele darwinismo social espenceriano que nós, estudantes das áreas humanas, tanto detestamos, que nos legaram, entre outras "maravilhas da civilização e da ciência" o pensamento eugenista ....

Exatamente isso Francisco!!! Fiquei surpreso ao ler a sua mensagem pois a minha aqui tem as armadilhas beem pequenas também! Já estou com ela há bastante tempo e ela NUNCA cresceu muito, nem as armadilhas ficaram maiores nem nada. Ele não morre, tá sempre soltando novas folhas, mas sao SEMPRE folhas pequenas. Os fornecedores do Wall Mart devem estar fazendo dionéias anões...

Abração

Cleo, não seriam elas apenas jovens???

Francisco, não sei o q é um darwinismo social espenceriano, mas acredito q vc gostou do "Guns, Germs & Steel", hehehe! Eu li no ano passado, emprestado por uma amiga. Acabei de encomendar uma cópia própria, p/ que possa ter em casa. Estou doido p/ ler de novo...

Abs, Fernando


P.S. Ah, não se esqueça de ler a continuação: "Collapse"!!

Olá Fernando ! me desculpe pela utilização da expressão ! é um hábito quando me empolgo.

Resume-se ao seguinte: Spencer propôs uma análise das sociedades humanas nas mesmas condições da feita por Darwin em seu Evolução das Espécies... isso levou a que se considerasse a evolução social da mesma forma como a evolução da própria natureza.

Deixando de lado que esse entendimento simplesmente desconsidera os milhões de anos que Darwin foi capaz de projetar para conceber a sua idéia (milhões de anos que a sociedade humana não possui), levou ao entendimento racista de que certas "raças" seriam, "naturalmente", melhor adaptadas e mais aptas do que outras...

Conhecendo um pouco o ser humano, imagine no que deu: entre outras coisas, explicações "científicas" para a escravização, para o empreendimento neocolonial, etc... afinal, se os europeus viam sociedade ineptas, nada mais justo que, como aptos, as escravizassem e usassem os seus recursos naturais, para "auxilia-las" no processo "civilizatório".

Qualquer semelhança com o pensamento "religioso" que justificou a diáspora negra nos séculos anteriores não é mera coincidência (em meu Habeas - Data e Bancos de Dados: Privacidade, Personalidade e Cidadania no Brasil Atual - Luemn Juris : 2002, esbocei uma história desse sistema para contextualizar a necessidade de tutela dos Direitos Humanos. Mas em meu trabalho O Aljube Revisitado - ainda inédito, aguardando verba para que a editora o publique, pude analisar como o pensamento de dominação evoluiu através do tempo e da história, e como a suposta "ciência" ajudou nesse processo. Mas parei no Kardecismo e na Eugenia, estou trabalhando em outro material agora, inteiramente sem tempo de prosseguir nessa pesquisa).

Outro dia, lendo Marc Ferro, encontrei uma afirmação que de há muito eu fazia - e era contestado e criticado por isso - de que o nazismo foi acusado de crimes contra a humanidade apenas porque os alemães fizeram com outros europeus o que estes sempre fizeram com povos de outros continentes, ao longo da história... quando isso ocorreu, criou-se o Tribunal de Nuremberg e o crime de genocídio para designar a tentativa de destruição de uma sociedade ou de uma cultura...

Interessante como ninguém julgou os Belgas pelo que Leopoldo I fez no Congo... ninguém julgou Portugal ou a Espanha pelo que fizeram na América Latina antes disso, e ninguém julgou a Inglaterra pela guerra do ópio, pela destruição dos nativos da Austrália, entre outras...

Aliás, um dos crimes contra a humanidade - a colonização forçada - julgados pelo Tribunal de Nuremberg certamente desqualifica os seus próprios acusadores (justamente os ingleses, que mais entendiam do assunto na prática - só que contra outras culturas e em outros continentes)...

Vou procurar a continuação, com certeza ! ah! não tenho nenhum exemplar de meu livro para te oferecer, porque o mesmo esgotou, tive de presentear na época um monte de amigos e acabei ficando sem nenhum... mas quando o Aljube sair, se vc não se importar, te mando um com o maior prazer. Será uma honra para mim qualquer opinião sua !

Um grande abraço.