Olá pessoal,

Há pouco tempo foi publicada finalmente a 1a filogenia molecular compreensiva do gênero Genlisea usando os genes trnK/matK, rps16 e trnQ–rps16. Nosso amigo Andreas é 1o autor e eu sou um dos co-autores. Vejam parte da 1a página abaixo:



E houve tbm participação especial de alguns colegas nossos daqui do Brasil e do nosso forum:



Quem quiser cópia do artigo, please me mande uma MP com seu endereço de e-mail. Mas já aviso q o artigo é em inglês e bastante "pesado".

E abaixo está a árvore mostrando o parentescos entre as espécies de Genlisea. Só nos faltaram 3 espécies africanas (G.pallida, G.taylorii e G.angolana) e algumas novas espécies brasileiras ainda sem nome. Vcs podem começar de baixo pra cima, a partir dos gêneros aparentados (Utricularia e Pinguicula da mesma família, Lentibulariaceae, e Verbena um pouco mais distante):



Alguns highlights do artigo:

- Os dois subgêneros foram confirmados e ainda dividimos o subg.Genlisea em 3 seções: Genlisea, Recurvatae e Africanae.
- Genlisea parece ter tido sua origem no Brasil, sugerido pela posição basal do subgênero Tayloria. Mas Genlisea se espalhou em seguida pra África, surgiu o subg.Genlisea e um ancestral deste grupo parece em seguida ter voltado à America do Sul, onde gerou toda uma nova linhagem (de G.sanariapoana até G. aff. filiformis).
- G.sp. Itacambira parece ser uma boa espécie, e não um híbrido como eu temia.
- G.sp. violacea gigante tbm é espécie boa e G.violacea parece ser polifilética (= contem mais de uma espécie), pois a de Ibitipoca aparece abaixo de G.lobata na árvore e as demais G.violacea aparecem em ramos acima de G.lobata.
- Tbm G.guianensis pode ser 2 espécies, uma ao norte da Amazônia e outra ao sul
- G.aurea pode ser mais de uma espécie tbm (talvez o antigo nome G.ornata seja válido)
- Confirmou-se uma espécie nova da Gran Sabana na Venezuela
- G.repens parece ser 2 espécies: uma q forma rosetas no norte da Amazônia, e outra q não forma rosetas ao sul da Amazônia)
- G.pygmaea parece ser pelo menos 4 espécies distintas. A menor de todas seria o tipo, mas infelizmente não cosneguimos incluí-la neste trabalho. Daí tem uma de tamanho médio q é a G.pygmaea q aparece na árvora acima. Tem ainda a forma tuberosa, q não conseguimos incluir tbm e q talvez seja mais próxima de G.aurea. E por fim tem uma pequena que cresce em restingas litorâneas do Maranhão ao Pará e q na árvore acima aparece como G.sff.filiformis (não sei pq puseram assim).

E vejam um mapa q fizemos com a distribuição das espécies de Genlisea:



Notem q o local de maior concentração de espécies de Genlisea é Itacambira, MG, com 7 espécies!! Em seguida vem algumas regiões do Brasil (Cadeia do Espinhaço e centro-oeste) além de Angola/Moçambique com 5 espécies


Abs,
Fernando Rivadavia

Olá Fernando.

Eu adorei o artigo, mas não o lí todo, com isso vi o meu nome alí,
nem sei o que dizer pois as contribuições dos demais foram muito
mais valiosas , um povo que realmente se dedica às plantas,
Caras como você e o Paulo são taxonomistas botânicos fazem montes
de herbários, visitam dezenas de habitats por ano e publicam novas
espécies.

Como leigo, estou lisonjeado, conte comigo sempre que precisar.

Um abraço.

P.S. Meu irmão mais velho mora em Angola e gosta de fotografar,
caso você tenha posições GPS de plantas de lá e época em que é
mais provável encontrá-las, quem sabe convenço ele a procurá-las.

De nada Carlos e agradecemos toda e qq ajuda no estudo de PCs! ;) Por isso mesmo, pode começar AGORA a treinar o teu irmao à distância!! Ele tem q aprender a achar e identificar PCs! Cara, Angola é mto rica em PCs e é de lá q são as espécies q nos faltaram! Ah, mas fala pra ele tomar cuidado com as minas terrestres, hehehe!

Falando sério, as Genliseas de lá crescem em locais meio remotos. Ele vai pro interior ou fica apenas em Luanda?


Abs,
Fernando

Li o artigo científico,
meus parabéns!!
O cladograma ficou fantástico!!

Abçs,
Sa

Ainda não li o artigo, mas esse cladograma é realmente de tirar o fôlego.

Parabéns pelas descobertas.

Parabéns aos colegas Vitor Miranda, Vitor Batista, Carlos Rohrbacher e Paulo Gonella pela participação na pesquisa e citação no artigo!