Primeiro dia na Serra do Cipó:

Depois de um tempinho de descanso, aqui vai um breve relato do primeiro dia de viagem.

Nos encontramos em Belo Horizonte e de lá partimos para a Serra do Cipó.
Lá procuramos uma pousada proxima ao pé da Serra e colocamos as coisas. Era domingo e já não mais era manhã, mas resolvemos aproveitar o resto do dia andando pela serra assim mesmo - fizemos bem!

Fomos de ônibus, atravessamos a cerca e lá estávamos:

Num pequeno riacho, logo no início, vimos U. neottioides e U. nana. Poucas flores das duas.

neottioides




U. nana


Não demorou muito pra encontrarmos as primeiras D. camporupestris e D. tentaculata, crescendo juntas.
As camporupestris não estavam tão bonitas, mas haviam flores. Nesse lugar elas cresciam em cima da rocha e também junto à grama ao redor:


Olha o tamanho da folha da camporupestris:


Ao redor do mesmo local haviam algumas D. communis de flores brancas. Essa espécie não era comum.



Subindo mais a frente havia um brejo com tentaculata, tomentosa tomentosa, tomentosa glabrata, camporupestris e Genlisea aurea.



tomentosa tomentosa (provavelmente são to. to. por causa do ambiente e pilosidade densa na base, mas podem ser to. glabrata. Pra saber com certeza só com a haste adulta.)
Reparem que elas também têm tentáculos


tomentosa tomentosa ao lado de camporupestris


Genlisea aurea


camporupestris


tomentosa glabrata


tentaculata


Acima no mesmo brejo, mas numa região mais inlcinada estavam as U. hispida




e o híbrido praelonga x hispida




Descendo e passando por um riacho vimos uma solitária flor de U. tricolor


Subindo pra uma região mais seca econtramos as primeira D. chrysolepis


E outra:


E mais:


Olha uma flor mutante muito louca dela (contem as peças):


mas também haviam flores normais:


E também tinha D. hirtella hirtella lá. Não deu pra fotografar a planta pq estava completamente enterrada e feia. Fica um botão fechado:


Seguimos andando e andando e andando e procurando...
Alguém acha o Paulo e o Vitor aí procurando algo especial?


Não é que encontramos!

Drosera sp. cipó!



Sem flores e meio sequinhas, mas lá estavam:


Reparem a secreção nas glândulas sésseis no pecíolo:


Seguindo mais a frente para o topo de um morro achamos as outra D. sp, a Shibata!:


Também sem hastes


No caminho de volta dessa metade de dia aproveitada às pressas ainda vimos umas populações de tentaculata


O relato foi breve, com poucas fotos. Mas fiz pra postar logo as fotos desse dia maravilhoso!
Comentem aí que eu vamos atualizando com fotos e acontecimentos desse mesmo dia!

Foi 10 o início!
Abraços!!!

Adorei,belas droseras e utricularias!
Nessa regiao chego ua ver alguma bromelia?

Bela viagem,ótimas fotos,vcs estão de parabéns.

as fotos estao muito bonitas, parabens.

Pô Nílber!!!

As communis eram poucas e as camporupestris estavam "feinhas"???????? COMO ASSIM!!!!???


Belas fotos, as minhas não ficaram, digamos, tão nítidas!


Vou colocar umas fotos também assim que possível!


Abs,

Olá Galera! Valeu pelos cometários!

Jean, não me lembro de ter visto muitas bromélias. Não era comum ali não...

Paulo, to me referindo somente ao primeiro ponto de camporupestris, onde elas estavam em cima da rocha (junto de tentaculata, como na foto). Ali elas estavam mais secas e com pouca mucilagem.

Quanto as communis, ali eram pouquissimas! E em outros pontos elas raramente formavam colonias grandes.
Não lembra que elas quase sempre vinham em grupinhos pequenos? Nesse dia vimos poucas...

Posta as suas aí!

Abraços.

E eu achando que esse tópico ia virar lenda, que nunca ia sair!!!

As fotos ficaram excelentes, parabéns ao fotografo!
Primeiro as impressões:

- Bem estranha essas flores de U. hispida, se fosse eu, nem acharia que era utriculária.

- Muito linda essa D.tentaculata, na minha módestia opinião é a Drosera brasileira mais bonita (sem desmerecer as demais).

- Show a sp cipó e shibata! Parece que elas estam encobertas de neve!!! Belas fotos!

- Também essa D. communis, são belissimas, ainda mais com esse diferencial da flor branca, toda vez que vejo uma lamento pela morte das minhas commnis gigantes.

- Cara um monte de Pc dessas em apenas meio dia!!! O raiva de não poder ter ido com vcs!!!

Agora as Duvidas

-As Utricularias neottioides, só da pra ver as raizes, como vcs conseguem distinguir entre ela e outra raiz de outra utricularia, em outras palavras que fatores são observados na identificação de uma utricularia aquatica pela raiz?

- Na foto onde vemos o Paulo e o Vitor ao longe, me parece uma area meio que seca para pcs, sempre ouvi falar de brejos e cachoeiras, esse campo não me parece promissor, ainda mais com esse solo branco, aumentando a impressão de seca. Esse local ta assim por causa do periodo da seca ou ele é seco assim o ano todo? Se for a segunda hipotese, como é possivel a existencia de pcs nesse habitat? Plantas coletadas apartir desse local não precisarim de tanta umidade como as demais correto? ou falei um monte de asneiras???


Abraços, desculpa se falei alguma asneira!

Esperamos a continuação!

Valeu pelos coments e elogios!



Ela estava em um local de água corrente e atachada à rocha no meio do riacho. Ela possui poucos ou quase nenhum utrículo. Não é dificil diferenciá-la. Além disso haviam algumas flores.



A época não era úmida e estava sim seco, mas esse branco do solo esta relacionado a composição de rochas do local.
Muitas regioes dos topos e encostas dos campos rupestres não são assim úmidas de cara, mas as plantas sobrevivem ou mesmo apenas vivem ali. As vezes a areia está umida alguns milímetros abaixo a superfície.

Ali nesse local haviam regiões úmidas nas partes baixas, onde algumas especies estavam, como hirtella, communis e tomentosa. Nas regioes um pouco mais secas daquele mesmo local ocorriam tentaculata e t. glabrata. Olha um riacho ao fundo.

Não é raro achar dróseras em ambientes assim aparentementes secos. O Fernando mesmo diz que as plantas desses locais devem contar muito com a umidade noturna do ar (preciptação horizontal) e isso teria a ver até com os tentáculos (que serviriam pra captar água).

Abraços.

Hello Pessoal,

Belas fotos Nilber! É isso mesmo, tem mta Neblina à noite nestas serras, mesmo no inverno. Suspeito q a distribuição de mtas espécies (especialmente D.sp.Cipó, D.sp.Shibata e D.schwackei, que crescem nos ambientes mais secos) é altamente relacionavel a corredores de neblina, onde esta se concentra.

E não se esqueça q existem mtas espécies anuais de Drosera, Utric e Genlisea, além daquelas q entram em dormência no inverno. Estas são especializadas a crescer em ambientes que nesta época do ano em boa parte do Brasil secam completamente, onde vc nunca imaginaria que existissem PCs.

Nilber, tô achando um pouco estranha esta U.hispida... Seria talvez um F2 ou retrocruzamento c/ U.hispida?? (Nossa Nilber, vc está se tornando o homem dos híbridos, hehehe!)

PHD, Utrics não possuem raizes, aquilo sao folhas. As partes brancas subterrâneas de Utrics são caules. U.neottioides é a única Utric das Américas que cresce neste ambiente (sobres pedras submersas em córregos com água corrente). Portanto ela é fácil de identificar.


Abs, Fernando Rivadavia

Muito bacana mesmo
essas Droseras servem de exemplo para quem ainda dúvida que somos ricos em se tratando de plantas carnívoras

ótimo trabalho Nilber!