
Serra do Cipó (Abril2010) - Parte 2: "As Droseras"
Olá pessoal,
Vcs já devem estar cansados de esperar por essas fotos, então vamos a elas sem enrolação...
Na primeira parte desse relato, apresentei as espécies de
Utricularia e
Genlisea que vimos nessa viagem. Nesse tópico vou apresentar as espécies de
Drosera que vimos dessa vez.
O Cipó é o lugar mais rico em espécies de Drosera no Brasil, são 11 espécies e 13 taxons no total (uma variedade e um híbrido), dessas, duas são endêmicas dessa região montanhosa.
Vamos às fotos:
Apesar do nome e da fama,
Drosera communis não é das mais communis no Cipó, provavelmente por causa do tipo de habitat preferido por essa espécie, bastante e constantemente úmido durante o ano todo, não ser dos mais comuns por alí. No entanto, quando encontra esse habitat, ela se torna bastante comum, formando grandes populações:

Crescendo na água, o que faz com que seu caule fique mais alongado:

Crescendo sobre a rocha:

Uma das espécies mais comuns no Cipó é, sem dúvida,
Drosera hirtella var. hirtella. Essa espécie habita regiões onde o solo permanece bastante úmido no verão, mas que seca completamente no inverno, época em que pode perder todas as folhas e entrar em dormência para esperar pela próxima estação das chuvas, vivendo nessa época das reservas que faz nas suas raízes. Naquela época do ano, no entanto, elas estavam a pleno vapor, terminando, algumas, iniciando a floração:
Em solo mais úmido

Em solo mais seco e pedregoso

Com haste floral já grande

Notem a curva acentuada na base, uma característica dessa espécie
Aqui, a haste se formando, a princípio na horizontal, para formar a curva

E a flor, que nessa espécie é sempre rosa (ao contrário de D. communis, cujas flores variam na cor, do branco ao rosa)

