Continuação da Viagem do Meu tópico passado.
Fora "aquele outro lugar de minas" Eu voltei a região de Grão Mogol para rever algumas coisas que ja tinha visto (e se mostraram ser mais interessantes do que eu imaginava quando vi a primeira vez

) e outras que eu sempre sonhei em ver.


Imagens da estrada entre Montes Claros e Francisco Sá. Apesar da região de Grão mogol ter uma estação chuvosa muito limitada, entre setembro e dezembro, toda a região sofre influencia ainda da umidade oceanica durante o ano todo, propiciando espetáculos como esses. Brasilia por sua vez ja não sofre nehuma influencia dessa umidade, o que torna as secas ai mais pronunciadas ainda que tenhamos uma estação chuvosa bem mais comprida do que a da região de GM.
O Primeiro habitat que visitei continha plantas que eu havia visto a primeira vez que estive em GM 3 anos atrás. ( link para o relato:
http://www.forum.clickgratis.com.br/pla ... -1782.html ) O Local é uma Calha de exploração de areia abandonada na margem esquerda do Rio Itacambiruçu.

La encontrei estas plantas:




Na epoca que mostrei imagens delas a primeira vez, o pessoal aqui discutiu que poderiam ser uma população (no caso a mais ao norte ja vista) de D. ascendens. Mas revendo as plantas novamente, Fernando, Paulo e eu começamos a ver que talvez não sejam D. ascendens em verdade, começando pela epoca de Floração, que se dá em Julho, e D. ascendens Floresce em Janeiro. A Epoca de floração desta planta coincide na verdade com a de D. tomentosa var. tomentosa e de D. grãomogolensis.






O que são essas plantas? Boa pergunta.


Tipico terreno da região de Grão mogol: Pedra pedra pedra e mais pedra. Da pra imaginar que um lugar árido assim tem tantas carnivoras e uma flora cheira de endemismos e ocorrencias raras?

Micranthocereus auriazureus

Cyrtopodium aliciae

Portulaca hirsutíssima

Cambessedesia membranacea

Bento e Pilosocereus fulvilanatus

Eu e Melocactus bahiensis

Melocactus bahiensis, um individuo jovem e um adulto ja com cephalium desenvolvido

Nos lugares onde ocorriam bolsões de Areia:

Discocactus pseudoinsignis, o meu favorito.


Utricularia amethistina






E Drosera communis aquaticas.
Em uma região mais longinqua, em uma fazenda havia muitos corregos encachoeirados:


La encontrei mais uma população da Drosera grande anterior, desta vez habitando locais bem mais umidos do que um areial:




Como podem ver essas plantas atingem um tamanho consideravel. A primeira vista pensei que pudessem ser D. tomentosa var. tomentosa crescendo em condições ideais, uma vez que é uma planta muito comum na região.
Mas proxima a elas havia D. tomentosa var. tomentosa tipica:


Mas eram MUITO menores.
Outras imagens dessas plantas que cresciam conjuntamente a U. tricolor (sem flores), U. Gibba e em alguns locais, U. neottioides






Nos pantanos e riachinhos haviam varias utricularias:



U. gibba (e mayaca sp)

U. neottioides

U. cucculata???

U. trichopylla???

U. nana
Nas montanhas mais altas algumas orquideas e cactaceas interessantes:

Cattleya cernua

Coelocephalocereus aureus

Um individuo crestado

Coelocephalocereus purpureous



Um individuo muito velho e crestado.

Flor de Tacinga sp.


Cephaliums de Melocactus sp.
Mas o que eu mais estava esperando era ir ao morro do Jambrero para visitar um lugar mitico e místico cujas lendas a seu respeito transcendem a compreensão dos meros mortais e nao-iniciados: O local tipico de D. graomogolensis:
Muito me falaram das maravilhas que la haviam e eu não acreditei então tive que fazer esta peregrinação para poder ver a verdade com meus proprios olhos (e minha camera é claro)





Da pra imaginar a cara que eu fiz quando vi uma coisa dessas?
A quantidade de plantas era enorme. Cresciam em terreno encharcado protegido por um capim alto e por vezes nas laterais de pedras que saiam de dentro do solo turfoso.





Individualmente foram as Drosera mais fantásticas que ja vi: Eram plantas grandes, com um colorido vemelho vivo MUITO intenso e colunas de folhas mortas que nos individuos muito antigos chegavam a uns bons 20 cm de altura.





Chegava ao absurdo de haverem seedlings de D. graomogolensis crescendo como epifitas nos caules de alguns desses individuos mais antigos:

Enfim, nem sabia mais pra onde mirar a camera depois de um tempo hehehe






Neste local havia G. aurea crescendo junto a elas:

O PIOR de tudo foi saber que eu não estive no local onde elas são mais abundantes ! SIM tem um outro local no habitat tipo onde existem tapetes maiores ainda e ocorre também D. grantsauii, D. tomentosa e o hibrido x fontinalis, fora outras espécies de Genlisea. Em resumo, vou ter que em breve fazer o sacrificio de voltar la pra poder ver isso !
Enfim, essa viagem de julho rendeu umas andadas boas e umas plantas fantásticas. Na verdade as coisas que eu vi nessa viagem vão continua rendendo varios frutos daqui pra frente não só em termos de fotos bonitas e o prazer de poder andar nestes lugares maravilhosos. Bem em breve voces vão entender
Um abraço a todos
Adilson
