
Vale do Capão, Chapada Diamantina, fevereiro de 2011
Recentemente fiz uma viagem ao norte Chapada Diamantina, mais precisamente, ao Vale do Capão, integrante do município de Palmeiras. É uma região muito diversa, na qual se pode transitar, em uma mesma trilha, por áreas de cerrado, campos rupestres, gerais, cerradão, entre outros. São de impressionar as abruptas mudanças de ambiente, havendo mudanças na paisagem a cada minuto.
Fotos no carro


Viajei com um grupo composto por sete pessoas, o que dificultou a procura por PCs, pois ninguém queria parar para observar “plantas minúsculas”...
Chegamos em uma quinta-feira à tarde e como não daria tempo para fazer trilhas longas, resolvemos ir à cachoeira do Riachinho, localizada proxima à vila do Capão, cerca de 1000m de altitude. Lá encontrei algumas populações de Drosera tomentosa var. tomentosa, Utricularia longifólia, todas sem flores.
Cachoeira do Riachinho


D. tomentosa var. tomentosa



U. longifolia

Havia outras populações, porém não pude fotografá-las, pois tive que atravessar o rio à nado para velas... Não ia arriscar minha câmera rsrsrssr.
No segundo dia tentamos ir ao Morrão, entretanto a trilha estava muito confusa, com muitas bifurcações que não levavam a lugar nenhum, uma pena... Nessas andanças encontramos um local chamado Gerais do Morrão, uma área de campo (areal) encharcado, no qual encontrei U. tricolor (?), D. tomentosa, U, flaccida e outra utricularia, não identificada, semelhante à encontrada em Pratigi.
viewtopic.php?f=27&t=8088. Tal área era extremamente promissora para encontrar PCs, entretanto, como estava em grupo, não tive muito tempo para explorá-la... (Da próxima vez irei sozinho rsrsrs).
Morrão

Gerais do Morrão


D. tomentosa

U. trichophylla


U. triloba

U. tricolor, desculpe pela péssima imagem, povo apressando...

Após a decepção de não conseguir chegar ao Morrão fomos à cachoeira da Angélica. O caminho era belíssimo, cercado por morros de cerca de 400m de altura( ainda subo um desses rsrsrsrs).




Perigos do caminho:

Encontrei apenas folhas de U. longifolia e U. tricolor.


No terceiro dia fizemos a trilha para a Cachoeira da Fumaça por cima (!), foram 2,5 horas de caminhada que foram compensadas pelo local maravilhoso em que chegamos.


Nessa trilha passamos por áreas de cerrado, campos rupestres, gerais, áreas com rocha nua, todas distantes poucos metros entre si.



Vista do Vale do Capão

D. tomentosa var. tomentosa foi encontrada apenas em pequenas populações


Uma das droseras mais perfeitinhas que já vi, bem simétrica e “limpinha”.

D. tomentosa com folhas de U. tricolor.

U. rostrata era uma espécie muito comum por lá, encontrava aquelas florezinhas brancas em todo lugar em que eu olhava...


Havia alguns indivíduos totalmente brancos e outros arroxeados




U. subulata

Encontrei vários indivíduos de U. blanchetti, alguns eram brancos e outros também arroxeados...



Encontrei essa utric. Acredito que seja uma U. blanchetti ainda não aberta..

Encontrei uma genlisea que pensei ser G. violacea, entretanto se trata da G. exhibitionista.


É bem possível que haja espécies raras nesses paredões úmidos... acho que terei que fazer um curso de rapel... rsrsrssrsrsrsrs

Finalmente chegamos à Cachoeira da Fumaça, uma das cachoeiras mais altas do Brasil, com cerca de 350m de altura. Seu nome provém do fato de a água se dispersar antes de chegar ao solo, formando uma nuvem de gotículas, que podem ser levadas para cima pelo vento. Uma vista que compensa qualquer esforço...





Bem, é isso... espero que tenham gostado...