Opa,
Belas fotos, Vitor! Não esqueça de colocar suas fotos nos outros tópicos!
Pra evitar que uma parte fique numa página e outra parte em outra, vou colocar tudo num post só.
Vamos às minhas fotos.
Primeiro, fotos do local onde
Drosera chrysolepis e
D. camporupestris ocorriam juntas.
Fernando - esse ponto é bem antes das populações de
D. sp. "Cipó".
Carlos - o habitat de
D. chrysolepis varia bastante. Geralmente ela ocorre em locais de solo arenoso com pouca matéria orgânica e que secam no inverno, o que as impede de atingir grandes tamanhos (veja fotos do dia 1 e da segunda parte da minha viagem de maio, além das que estão abaixo). Mas elas também podem ocorrer em solos ricos em matéria orgânica e que ficam úmidos o ano todo, permitindo a elas ficarem BEM grandes (veja as fotos da primeira parte da minha viagem de maio e do dia 2 dessa viagem). Apesar de existir a possibilidade de que essa seleção de habitat seja genética (bem como as caraterísticas morfológicas), acredito que seja ecológico, dado o gradiente de variação morfológica associada aos habitats.
Esse local em que ambas ocorrem próximas era mais característico de
D. chrysolepis. D. camporupestris geralmente ocorre em solos mais úmidos e ricos em MO.
A menos distância encontrada entre indivíduos de ambas as espécies foi de menos de 1 metro.
D. chrysolepis (acima) e
D. camporupestris (abaixo)

Aqui, mais próximos graças a uma ajudinha...

Nesse ponto também ocorriam
Drosera hirtella var. hirtella, já reduzidas, se preparando para a seca

Mas o que mais me interessou foi essa plantinha florida

Essa coisinha era ridiculamente pequena

Essa plantinha minúscula era uma
Drosera tomentosa var. glabrata
Mais adiante nós encontramos a terceira população de
Drosera sp. "Cipó" conhecida nessa região.
A princípio bastante difícil de reconhecer, por causa das
D. chrysolepis, que estavam bem pequenas nesse ponto, dificultando a distinção, especialmente quando ambas ocorriam lado a lado...

Mas vistas de perto, ambas eram bem distintas.
D. chrysolepis
Drosera sp. "Cipó"

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Drosera chrysolepis &
D. sp. "Cipó"
D. chrysolepis
Alí também ocorriam
D. tentaculata
Flores


Com
D. sp. "Cipó"
Uma parte da grande população, que crescia sobre areia de quartzo seca

E
Drosera sp. "Shibata"
Com
D. sp. "Cipó"
Mais adiante, em outro ponto, vimos várias
Drosera tentaculata e
D. camporupestris, todas enormes
Drosera tentaculata
Escapo floral

Notem os tentáculos enromes

Aqui bem visíveis, num exemplar coletado para herbário
Drosera camporupestris


Nesse ponto,
Drosera tometosa var. glabrata ocorriam do lado de
Drosera tentaculata e não vimos nenhum intermediário. Notem que além dos tentáculos, ambas diferem na cor e na espessura e pilosidade do escapo (além de outras características).
D. t. glabrata (acima) e
D. tentaculata (abaixo)
D. t. glabrata (esquerda) e
D. tentaculata (direita)

Continuamos nossa trilha e encontramos algumas coisas interessantes
Uma Cactaceae com frutos

Além de uma bela paisagem

E de uma grande população de
Paepalanthus giganteus (Eriocaulaceae)

Já no fim da tarde, paramos num último ponto antes de voltar. Nele encontramos:
Minúsculas
D. chrysolepis
D. t. glabrata (esquerda) e
D. tentaculata (direita), de novo lado a lado sem intermediários

E uma nova população de
Drosera sp. "Shibata"

Além das variedades de
Drosera tomentosa ocorrendo lado a lado, também sem interemediários
D. t. tomentosa (abaixo) e D
. t. glabrata (acima)

Por fim, com o sol se já pondo, deixamos para trás a bela paisagem do Cipó, mas sabíamos que ainda não era o fim dessa viagem, pois, a 350 km de BH, essa viagem continuaria a nos trazer mais surpresas.
Fim de tarde no Cipó
Paepalanthus giganteus sob o pôr-do-Sol


E, pra fechar, Vitor, eu e Nílber no Cipó

Abraços,