Olás,

É chegada a hora de continuar essa história.

Esse tópico talvez devesse ter outro nome, quem sabe "Em busca da Drosera dourada" ou coisa assim. Enfim, foi uma verdadeira aventura que começa agora...

Antes, deixamos o Cipó e voltamos para BH. Antes do nosso próximo objetivo, fizemos uma parada no herbário da UFMG. Lá, ficamos babando nas várias coletas de Drosera graminifolia...


Cansados de tanto ver plantas mortas e secas, seguimos para a rodoviária e, depois de 6 horas de viagem, chegamos onde tanto sonhamos estar... Diamantina!
Infelizmente já era noite...

Encontramos uma pousada e passamos a noite. No dia seguinte, levantamos bem cedo, preparados para continuar nossa exploração. A paisagem ao redor da cidade é linda:


Começamos a andar e logo encontramos as primeiras PCs, eram Drosera tentaculata


Continuamos procurando por uma população conhecida da tão sonhada Drosera dourada ( ), eis que, de repente.... NINGUÉM SE MEXE!!!!
Estavamos quase pisando numa pequena população de Drosera schwackei! Finalmente a encontramos!




Alguns closes




Mas... elas são tão pequenininhas... (Mão para escala)


Será que a mais bela das Droseras brasileiras é assim, tão pequena?

Como nenhuma delas tinha haste floral, imaginamos que eram plantas ainda jovens e que não atingiram todo seu potencial. E estávamos certos, porque, depois de andar mais algumas centenas de metros, apareceram várias e várias plantas, muito maiores que as anteriores...
Com haste floral


Close da haste


Mais plantas










Um grande exemplar


Outro


A mão, de novo


Um grupinho de plantas que não estavam muito bem por causa do tempo seco


Já chega de fotos delas, no segundo dia tem muito mais!
Só mais uma:


E nós três junto dessa belezinha


E uma pequena população de D. tentaculata, que crescia alí perto

Mas, apesar de extremamente satisfeitos, alguma coisa ainda estava faltando. Seguimos adiante e, quando parecia que não íamos encontrar mais nada, foi a vez do Nílber advertir.... NINGUÉM SE MEXE!!!
Sim, no meio da rocha quente e seca ela nem parecia se importar e ainda florescia...
Drosera graminifolia, ou, pra quem acredita ser algo diferente das plantas do Caraça, Drosera spiralis


Closes da flor




Close da folha


Mas, novamente, nos perguntamos... será que isso é tudo que elas têm a oferecer????
Deixamos nossas mochilas alí e saímos em busca de outras populações nos arredores. E encontramos, na beira de um riacho seco, Hoffmanseggella crispata!!!!


Ops... quer dizer... várias plantas bem maiores:
D. graminifolia


Notem o tipo de pre-foliação, em espiral. Um dos caracteres que distingue essa forma do norte de Minas da graminifolia tipo.


Um belo grupo com um exemplar florido


Essas flores, obviamente, renderam várias fotos

Com uma pequena mariposa capturada


Nílber fotografando


Alí também encontramos:
Drosera montana


Drosera tentaculata





Foi então que o Vitor foi pegar algo na mochila e... cadê as mochilas!?
Com toda calma do mundo e sem nenhum tipo de pânico procuramos pelas mochilas, onde estava absolutamente TUDO...
Felizmente, o que o Fernando tem de daltonismo, o Vitor tem de miopia e as mochilas estavam lá, exatamente onde as deixamos...

Continuamos na nossa trilha e, depois de muitos sobes e desces, encontramos algumas pequenas Genlisea violacea floridas


E mais uma pequena população de D. graminifolia


Anadando mais um pouco, achamos algumas Drosera hirtella var. hirtella em nascentes que brotavam dos afloramentos rochosos

Além de Drosera tomentosa var. glabrata




E mais Genlisea violacea
Mas esperem... qual é o erro?


Crescendo sobre a rocha, Drosera tentaculata


E, numa estalactite de gosma ( ), Drosera tomentosa var. glabrata (acima) e D. tentaculata (abaixo)


E, finalmente chegamos em nosso ponto de chegada, a pequena população de Drosera camporupestris




De forma geral, a região de Diamantina é muito mais impactada que o Cipó. Isso obviamente se deve à proximidade com a cidade e à exploração dos campos rupestres para a pecuária, que é um pouco menor no Cipó por este ser, em grande parte, Parque Nacional. Logo de início, é de se espantar quando cruzamos os maiores rios e os vemos totalmente poluídos com esgoto. É também preocupante quando vemos que grandes populações das belas Droseras estão sendo destruídas para a construção de casas ao redor da cidade. Mas se serve de consolo, existem outros Parques nessa região, como o do Rio Preto, mais ao norte, sem falar na imensidão que é o Espinhaço. Ainda assim, é difícil tirar essa impressão de Diamantina, que, por um lado é super empolgante e do outro, extremamente deprimente, em imaginar que talvez isso tudo não esteja mais lá quando eu retornar...

Pra fechar esse post, algumas fotos da cidade, que é muito bonita, como toda cidade histórica de Minas:







Abs e até o dia 2, porque agora eu vou dormir!!

As fotos estao show de bola,bonita cidade,ficaremos aguardando o 2º dia.

Lindas fotos!!!!
Lindas populaçoes de diverssas droseras!!!!
Impressionate...quando for viajar, vou para a Diamantina, sem duvida!

Abraços

Mazaaaa...
qual o tamanho maximo das tomentosas?

També quero!

Muito show de bola. Me consola saber que mais uns meses (6 mais precisamente) terei toda folga (novamente!) do mundo pra viajar pelo Brasil! Parabéns pessoal. Muito show de bola, as fotos e a inciativa de viajar em busca das PCs.

P.S.: Na última vez que estive em diamantina me espatifei pela ladeira bem em frente à essa igreja aí da foto!

Abração