
Bog jardineira de cimento - by Miguel Pandini
Olá, pessoal!
Meu cultivo de sarras ia de mal a pior, como eu já havia relatado anteriormente. E com a chegada do verão, as coisas só tendiam a piorar ainda mais. Assim, inspirado nos trabalhos excelentes dos colegas Liza Kamei (
http://www.forum.clickgratis.com.br/plantascarnivor/t-3848.html), Alex Moura (
http://www.forum.clickgratis.com.br/plantascarnivor/t-3290.html), e Francisco Eduardo (página 3 de
http://www.forum.clickgratis.com.br/plantascarnivor/t-3367_s-20.html?postdays=0&postorder=asc), resolvi dispor de uma duas jardineiras móveis que estavam desativadas na minha varanda para montar um “bog” num dos parapeitos do terraço, justamente aquele voltado para o sol nascente.
Além do mau estado das sarras, havia ainda outro problema: os pratinhos com água cheios de algas verdes, e larvas de mosquito... Fiscais da dengue já haviam feito algumas visitas e por pouco não fui multado... E as minhas droseras, utricularias e dioneas estavam em estado de quase abandono, pelos mesmos motivos.
Bem, vamos às imagens:
A jardineira de cimento, já colocada no local definitivo – (dimensões internas: 1 m de comprimento, 20 cm de altura, e 22 cm de largura em cima):

Os furos do fundo foram tampados com massa plástica e Durepoxi, e toda a face interna revestida com duas camadas generosas do produto Frioasfalto (asfalto frio usado pra impermeabilização de lajes, totalmente neutro), deixando secar por 5 dias:

Para ajudar no isolamento térmico e manter a água numa temperatura mais agradável, revesti tudo, inclusive o fundo, com placas de isopor de 5 mm de espessura, e coloquei os vasinhos plásticos invertidos, para estocar bastante água:

Aqui, detalhe do “ladrão”, feito com um adaptador para caixas d’água, curvas e tubos de PVC soldáveis. Repare no tubo com várias perfurações na parte de baixo. Do lado de fora, o “ladrão” tem fita veda-junta na rosca, que dá movimento ao tubo externo (se quiser manter a água no nível da borda da jardineira, basta apontá-lo para cima, ou em outro nível que eu escolher):


Preenchi os espaços vazios com bolinhas de argila expandida até a altura dos vasinhos, acrescentando o tubo de irrigação no canto oposto ao ladrão:


Como eu não dispunha de manta permeável ou pedaço de tela plástica, eu isolei com uma camada de sphagnum desidratado antes de acrescentar o substrato que, conforme dá para observar, começa abaixo do nível do ladrão, ficando sempre em contato com a água:

O conjunto já com o substrato (sphagnum avermelhado desidratado e areia de construção lavada, proporção 1:1). Propositadamente, do lado esquerdo ficou no nível da borda, ao passo que do outro lado, uns 2 cm mais alto:

E, finalmente, as plantas em seus devidos lugares. As menores à esquerda, na parte mais rasa, com as maiores do outro lado, no substrato mais alto. Como o sol nasce do lado esquerdo, todas as plantas, sem exceção, pegam sua luz direta da hora que nasce até por volta das 13:00 hs:

Foram para o bog:
- Todas as sarras remanescentes, exceto
S. oreophilla e a
S. rubra var.
alabamensis que veio do Carlos (essas duas em estado bem melhor que as demais), em cujo vaso ficaram também as utrics;
- As duas dioneas, em estado lastimável (não sei se vão se recuperar);
- Todas as droseras, exceto a
D. adelae que eu cultivo sem sol direto;
- Uma mudinha bem saudável de
Pinguicula primuliflora.
Bem, essa é a minha última tentativa de salvar as minhas PC's não-neps... Em breve, posto imagens dos resultados.
Abraços!