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 Aiuruoca - jan 09 Levantamento de Pcs da Serra do Papagaio 
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Olá Adilson,
Valeu a pena esperar pelas imagens, eu ví o tópico antes mas do meu trabalho não posso abrir imagens, então só agora consegui um tempo para ver essas incríveis imagens.
Nem sei por onde começar, vejamos ...
... as D. montana, incrível ver as flores delas, eu só ví ‘ao vivo’ de um exemplar que germinei aqui em casa, eu estava com um novo botão de outro local mas como abriu no dia anterior à minha defesa eu simplesmente não lembrei dele. Pela quantidade de plantas eu posso dizer que dormirei mais tranqüilo pels que tenho aqui dessa localidade.
A U. pubescens é muito bonita mesmo, não lembro dessas de Brasília, você postou imagens? Espero que as minhas cresçam bem. Pelo que você verificou lá seria melhor mantê-las em temperaturas mais amenas, acima da serra?
Gostei muito das U. Amethystina, será que veio alguma ‘invasora’?
Antes que eu esqueça, aquele musgo era de Brasília ou dessa localidade do tópico?

Aguardo imagens das G. violacea, D. ascendens e do habitat das U. reniformis diminutas.

Obrigado pelas imagens, sinto falta de ver 'mato', andar no 'mato' e dormir no 'mato' :wink:

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15.02.2009(Dom)1:03
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Povo, obrigado pelos comentários!


Paulo

Como anda o pessoal do Parque do Rio Preto? O Tonhão é ainda diretor? O Deco e a família ainda moram e guiam o pessoal de lá? Ainda servem arroz com pequi e feijão com urucum no refeitório? (baba de fome até desidratar)
Obrigado pelas explicações, pois de orchidaceae e carnivoras eu até entendo um pouco, mas outras famílias sou analfabeto total. A planta em questão eu acho que seja uma compositae ou asteraceae mesmo pois os individuos que ja vi floridos possuiam flores com padrão de margaridas. Mas é mais chute do que realmente uma informação segura.
As montanas dos locais de mais altitude e insolação realmente eram individuos de hastes mais curtas, menos quantidade de folhas e tamanho levemente menor do que os de menor altitude. La, pelo que ja medi eu mesmo de temperatura, elas aguentam extremos de 30 graus até menos -4 graus, com geadas constantes e secura como a de Brasília no inverno. Então são plantas, apesar da aparencia fragil e constituição mais débil do que uma boa parte das outras do mesmo grupo, MUITO resistentes e adaptadas.

Fernando

hahah quem manda morar na gringolândia? Muito bom lugar pra comprar tudo que é pc mas não tem nossas serrinhas entupidas de coisas bonitas. Obrigado pelo elogio as minhas fotos! Eu tento conseguir propositalmente enquadramentos bonitos e não burocráticos quando tiro fotos, afinal, as plantas na natureza formam padrões equilibrados e bonitos como se um pintor tivesse colocado elas lá propositalmente assim, então é só ter um pouco de sensibilidade pra captar estas coisas. Os macros geralmente são meus, e as paisagens quem tirou foi o meu amigo Tércio, que é estudante de Bio em Sampa. Realmente é dificil pegar florações em massa mesmo de droseras, a unica outra que eu me lembro de ter visto assim com muitas plantas e muitas flores abertas foi em Grão Mogol, com as D. graminifolia da trilha do barão. Nem em ibitipoca que eu frequentei muitos anos vi muitas tomentosa e villosa abertas ao mesmo tempo. Por isto é bom acampar e gastar dias nos habitats, muitas vezes passar correndo um dia só pelas plantas não diz nem mostra a dinamica delas. Por isto, só redizendo o que você disse naquele artigo sobre as D. spiralis do caraça, o Saint Hillare, que andou tantos anos pelo Brasil tinha um conhecimento privilegiado da ecologia destas plantas muito maior do que o povo que só as conhece por espécimes de herbario ou mesmo fotos, e por isso que eu concordo com uma boa parte das plantas que ele descreveu como espécie e que outros botam sob sinonímias.
Na foto, da esquerda para a direita são: Eu (brasília), Tércio (SP), Daniel (SC) e Diogo (RJ)

Carlos

Pode dormir tranquilo sim, pode parecer que te enviei muitas plantas de lá mas na verdade foi só um milhonésimo do que teria em verdade. As plantas que você recebeu são das populações de montana de altitudes mais baixas, que apesar de crescerem mais sombreadas não tinham um colorido menos bonito do que as de altitude em campos abertos.
você esta confundindo, o que tem em Brasília é U. amethystina. não tem pubescens em Brasília. A que te enviei era uma pubescens do Retiro dos pedros (2.250 mts) então pode crer que ela vai aguentar sem problemas o clima ai do sul. Como pode ver pelas fotos, elas crescem no meio de capim e vegetação mais alta do que elas, embaixo de sol pleno em substrato constantemente umido o ano inteiro.
Heheh vai esperando que tenho muitas coisas bonitas ainda pra mostrar...... aguarde as fotos das Reniformis de folhas grandes e das D. ascendens...............
heheh eu sei bem como é ficar em crise de abstinência de mato...........

Abraços

Adilson


15.02.2009(Dom)14:02
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Continuando, aqui vão as Genliseas de Aiuruoca.

Existem até onde pude achar, 2 espécies: G. aurea e G. violacea. Elas habitam nichos ecológicos totalmente distintos na serra do papagaio, com G. aurea habitando areas constantemente umidas, de campos umidos, bordas de areas alagadas com ou sem grandes desníveis do terreno, mas sempre com agua corrente passando por elas ou próximo a elas e vegetação de gramíneas ao redor, sombreando-as. G. violácea habita paredões e escarpas de pedras, expostas ao sol direto em finos tapetes de musgo e materia orgânica, que secam totalemnte no inverno. Por estas características bem específicas, G. aurea formava populações maiores e mais contínuas na area do retiro dos pedros e em uma unica população disjutna desta próxima a um paredão na escarpa norte do maciço principal da serra. Genlisea violacea formava pequenas, mas densas populações disjuntas sobre a rocha nua de varios picos da serra. Ambas são plantas restritas a altitudes superiores a 1.900 metros, não encontrando delas, apesar das condições ecológicas favoráveis, a menor altitude.
Esta combinação de características fazia delas plantas não muito frequentes na serra, mas geralmente se apresentando em boa densidade quando ocorriam.
G. aurea estava quase sempre acompanhada de D. ascendens, que compartilha as mesmas exigencias ambientais na serra do papagaio, mas geralmente formava populaçoes bem maiores do que as de D. ascendens. G. violácea estava quase sempre acompanhada de U.amethystina e por vezes, D. montana. e uma infinidade de Gesneriaceae, Amarilidaceae, Iridaceae e Melastomataceae.


G aurea


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Aparencia das plantas no habitat.

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Aparencia das plantas em close. Como sempre estão em um ambiente hidrófilo.

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Muitas flores e muitos frutos la estavam, mas nehum maduro.

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Esta plantinha me deixou com duvidas, era bem menor do que todas as outras G. aurea florescendo ao redor.


G. violacea

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A rocha nua exposta ao sol dos varios picos da serra do papagaio é o habitat mais tipico da resistente G.violacea.

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Eu, descansando da subida numa escarpa que era habitat das. G. violacea


15.02.2009(Dom)14:48
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Hello Adilson,

Parabens mais uma vez pelas magnificas fotos e relato! As G.aurea daí se paracem mto com as que crescem em Campos do Jordão, SP, tbm na Mantiqueira (onde elas tbm crescem com D.ascendens).

A plantinha pequena tbm é G.aurea. Nenhuma outra espécie tem essae combinação de caracteres (mutiplas folhas fininhas por roseta e cobertas por mucilagem).

Qual era o diâmetro das maiores rosetas de G.aurea mais ou menos?

Adorei a foto do ambiente de G.violacea! Parece que elas estavam apenas começando a florescer, certo?

E D.communis, nada ainda nesta serra???

Aguardo ansiosamente as próximas fotos! :)


Abs, Fernando

P.S. Realmente, o St.Hilaire sabia muuuuito bem do que ele tava falando! ;)


16.02.2009(Seg)3:27
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Cara, to incluindo todas essas fotos no meu "banco de dados pessoal para aprender a identificar PCs". não é brincadeira não, eu tenho uma pasta assim. De verdade.

Abração

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16.02.2009(Seg)17:40
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Caracas! Que lugar hein Adilson!
Parabéns pelas fotos e pelos relatos. Estão muito legais!
Aguardo as fotos de D. ascendens!

Abs,
Vitor


16.02.2009(Seg)20:02
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Fernando

As genlisea aurea tinham entre 3 e 5 cm de diametro das rosetas. Eram menores do que as que vi em Grão mogol e as que vi da fazenda do Vitor em Cristalina - Go. Uma coisa que não entendo é porque não tem G. aurea em Ibitipoca, eu pelomenos jamais vi delas por lá.
As G. violacea ao que parecia estavam no começo de floração mesmo, eram as primeiras flores das hastes que estavam abertas. Quando o Cleo passar por lá certamente vai ver um cenário mais bonito do que eu vi.
Drosera communis realmente até agora não consegui achar, e olha que tinham lugar do jeito que elas gostam aos milhares por lá, talvez a altitude atrapalhe elas ou coisa do genero. De qualquer forma ainda tem MUITO lugar pra explorar na serra e nas montanhas ao redor (serra da cangalha, serra do gamarra, serra dos garcias, e a RPPN da Mitra do bispo)

Vitor.

ascendens e as reniformis ficam por ultimo hehehe irão cair o queixo com elas.


Hoje irei postar sobre as duas espécies MENOS frequentes e mais raras da Serra do Papagaio. E, pasmem, são elas U. subulata e D. tomentosa.

U subulata ocorria desde a base da serra (1.000 mts) até o Retiro dos pedros (2.250), geralmente sobre solos arenosos e mais secos, expostos ao sol, compartilhando o terreno com D. montana e U. amethystina. Talvez sua raridade se devesse a eu ter estado la em uma epoca de começo ou fim de floração delas, mas as populações maiores delas que eu conheço de Ibitipoca estão geralmente bem floridas esta epoca.

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D. tomentosa Ocorria em pequenas e raras populações ao redor de 1.700 metros nas escarpas da serra que davam vista para o Vale dos garcias. Vegetava em barrancos de terra amarela umidos, dividindo os habitats com D. montana e U.amethystina. Era facil distingui-las das D. montana porque a população inteira não estava apresentando hastes florais enquanto as D. montana estavam todas com hastes florais ja bem desenvolvidas. Eu não as vi nesta viagem uma vez que não andei para estes lados da serra, sendo estas fotos tiradas em Jan de 2008.

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Para este post não ficar muito magro, vou postar aqui fotos da flora simpatrica da Serra do papagaio, tb bastante exuberante, destacando-se as Orchidaceae, Melastomataceae, Scrophulariaceae, Eriocaulaceae e Iridaceae.


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Rasen-shuriken?

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A menor solanaceae que ja vi na vida!!!

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Agradecimentos ao Tércio pela autoria de varias das fotos acima postadas :)

No próximo post: Fungos, artropodes, U. reniformis e D. ascendens para encerrar o blablablá.


17.02.2009(Ter)20:10
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Olá Adilson,

essas imagens alegraram meu final de noite.

Um abraço.

P.S. Nem contei (acho), separei todas as sementes, as grandes e compridas (?) das arredondadas (?) e das pequeninas alongadas (de D. ascendens) e plantei em separado, :lol:

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17.02.2009(Ter)22:47
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Hello Adilson,

Mais uma vez obrigado pelas fotos de U.subulata, D.tomentosa e daqueles matos, hehehe! :wink:


Citação:
As genlisea aurea tinham entre 3 e 5 cm de diametro das rosetas. Eram menores do que as que vi em Grão mogol e as que vi da fazenda do Vitor em Cristalina - Go.

Ah, não lembrava q vc havia ido com ele lá!! Muito legal, não?? :)


Citação:
Uma coisa que não entendo é porque não tem G. aurea em Ibitipoca, eu pelomenos jamais vi delas por lá.

Será pq não é alto suficiente?? Qual a altura do Morro da Lombada mesmo? Uns 1800m? E vc escreveu que G.aurea só ocorre no Pico do Papagaio acima dos 1900m, certo? Em outros locais ela parece crescer a altitudes menores, mas neste canto do país pode ser que elas não consigam por alguma razao ecológica qq.


Citação:
Drosera communis realmente até agora não consegui achar, e olha que tinham lugar do jeito que elas gostam aos milhares por lá, talvez a altitude atrapalhe elas ou coisa do genero. De qualquer forma ainda tem MUITO lugar pra explorar na serra e nas montanhas ao redor (serra da cangalha, serra do gamarra, serra dos garcias, e a RPPN da Mitra do bispo)

Realmente... Pensando bem D.communis não parece gostar de picos muito altos no geral. Mas acho dificil ela não existir a altitudes menores nesta serra. Em Ibitipoca ela não é mto comum, não sei pq.


Citação:
U subulata ocorria desde a base da serra (1.000 mts) até o Retiro dos pedros (2.250), geralmente sobre solos arenosos e mais secos, expostos ao sol, compartilhando o terreno com D. montana e U. amethystina. Talvez sua raridade se devesse a eu ter estado la em uma epoca de começo ou fim de floração delas, mas as populações maiores delas que eu conheço de Ibitipoca estão geralmente bem floridas esta epoca.

Eu acho que ela deve ser bem comum sim, basta ter sorte (sorte?? :) ) de estar presente no momento certo.


Citação:
ascendens e as reniformis ficam por ultimo hehehe irão cair o queixo com elas.

I can't wait! :)


Abs, Fernando


18.02.2009(Qua)4:47
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Citação:
Citação:
As genlisea aurea tinham entre 3 e 5 cm de diametro das rosetas. Eram menores do que as que vi em Grão mogol e as que vi da fazenda do Vitor em Cristalina - Go.


Ah, não lembrava q vc havia ido com ele lá!! Muito legal, não??


Na verdade o Adilson só me deu bolo! hehehehe
Temos que combinar, inclusive! As que ele viu foram de coletas antigas.


18.02.2009(Qua)22:39
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