Vamos lá...
Citação:
Estive olhando o link que o Paulo postou e não consegui achar a D. ascendens.....
Acho q talvez a confusao é pq está ESCRITO D.villosa naquela folhad e herbário, mas é uma mistura de D.villosa com D.ascendens. No link abaixo, vc pode ver q a D.villosa é a planta no alto com poucas folhas finas e pecíolos logos. Já D.ascendens são as plantas na parte de baixo, com rosetas bem densas de folhas mais largas e com pecíolos curtos.
http://apps.kew.org/herbcat/getImage.do ... K000432549Citação:
Então quer dizer que o que foi coletado até agora é somente D. villosa? No caso a D ascendens seria um Leucótipo da D. villosa? Qua é a definição de isótipo e cótipo???
O q aconteceu, resumidamente, foi o seguinte:
-- St.Hilaire coletou e publicou D.ascendens e D.villosa no início do século 19.
-- Para cada uma destas espécies, St.Hilaire preparou uma folha de papel com plantas secas (herborizadas) em Paris. Estas se toranaram os
holótipos de D.villosa e D.ascendens.
-- As plantas que sobraram destas coletas ele organizou em
isótipos, ou duplicatas de holótipos (outras folhas de herbário com plantas do mesmo local do holótipo) para D.ascendens e D.villosa. Estes isótipos podem ter sido distribuidos a outros institutos botânicos.
-- Quase 100 anos depois, Diels juntou as duas espécies, dizendo que era tudo D.villosa -- D.ascendens passou a ser un sinônimo de D.villosa.
-- Até meados dos anos 1990, todas as D.ascendens eram chamadas de D.villosa, pois ninguem tinha a veradeira D.villosa em cultivo e não sabiam q ela era tao diferente de D.ascendens. Por incrivel q pareça tbm não existia internet nem câmeras digitais, hehehe! Portanto não haviam milhões de fotos de Ibitipoca a alcance do Google.
-- Em 1996 eu vi o holótipo de D.villosa em Paris e percebi q era igual a uma planta estranha q eu havia encontrado em Ibitipoca uns anos antes e que achei ser uma espécie nova parecida com o que eu conhecia na época como D.villosa (mas q era na verdade D.ascendens).
-- Comecei a fazer campanha para reconhecermos q a classificação de St.Hilaire (e não Diels) era a correta, q o que conhecíamos como D.villosa era na verdade D.ascendens e que a verdadeira D.ascendens era algo bem diferente, presente em Ibitipoca.
Ficou mais claro?

O q nossa amada Tânia fez (e q eu não entendi até agora) foi identificar uma coleta de D.ascendens de Glaziou do final do século 19 como um lectótipo de D.villosa. Lectótipos sao designados p/ corrigir uma prática antiga de botânicos de descrever uma espécie baseada não numa unica coleta (holótipo) e sim em várias coletas (
sintipos ou cotipos). Escolhe-se um entre os vários sintipos/cótipos que passa a ser chamado de
lectótipo.
Portanto, só caberia a Tânia designar um lectótipo a partir de um coleta de St.Hilaire **caso** ele tivesse descrito D.villosa a partir de várias coletas de herbário -- o q ele não fez! Ou caso ele não tivesse designado um holótipo, o q tbm não ocorreu...
Um
parátipo pode tbm ser considerado um cótipo. Parátipos sao outras coletas citadas na publicacao de uma espécie nova, que são consideradas como pertencentes a mesma espécie.
Ajudou?
Abs, Fernando