Olá pessoal,

Vamos a mais um post da Chapada dos Veadeiros. Prometo que vou pra outro lugar além da Chapada e de Cristalina nas próximas saídas! Rsrrsrs
Mas mesmo sendo uma viagem repetida, a Chapada como boa anfitriã sempre nos recebe com boas surpresas para que voltemos sempre!
Poucos dias antes do fds as coisas não estavam muito bem porque estava enrolado na Faculdade, precisava arrumar umas coisas no viveiro e o pior de tudo:
Os meus companheiros de campo tinham me abandonado (algo que já estou começando a me acostumar Rsrsrs). Mas de repente, quando as minhas esperanças já estavam no fim eis que me surge uma senhora muito simpática, denominada Claudia, vulgo Mamãe e me diz:
-Ora, se você quer tanto ir pra lá, eu vou com você! Assim eu aproveito pra conhecer o lugar. O que acha??

Mãe é um bicho fantástico, não?!
E sábado de manhã cedo, lá estávamos eu e a minha mãe na Chapada dos Veadeiros!


Para começarmos bem, esse foi um habitat que me tirou o fôlego. Só tinha visto algo parecido em Cristalina com um lindo carpete de G. repens. Mas esse era muito melhor!
Nessa região eu sempre via as U. laciniata esparsas com algumas flores espalhadas no solo arenoso. Isso aqui era imeeeenso!!! Tinha dez vezes esse tamanho. Aqui eu estava ilhado, tentando me equilibrar sobre umas pedras.


Eu fiquei em êxtase por alguns minutos e não sabia nem por onde começar! Fiquei maluco quando estava descendo aquelas pedras de um cerrado bem seco e cheguei a esse oásis das PCs. Era um Mar de Utricularias!


Havia bastante G. filiformis também mas as laciniatas estavam ganhando de lavada.


E haviam duas formas distintas, reparem:


As duas muito bonitas.

Mais a frente estava uma mata ciliar e atrás dela um habitat que visitei com o Fernando em Junho do ano passado. Essa é a mata vista por esse habitat e as U. laciniata estão do outro lado.


Foi nesse lugar que encontramos a G. pygmaea tuberosa e também o híbrido muito interessante de D. hirtella var. hirtella x D. communis. Dá pra ver que a planta é maior e mais robusta que a D. communis à direita.



Ele é bem fácil de identificar: a roseta é bem parecida com D. communis...



Mas a haste é cheia de tricomas como a D. hirtella apesar de ser mais clara e ter menos pêlos.



Desculpem a má qualidade de algumas fotos.





As D. hirtella também estavam lindas!


Essas hastes são incríveis!

Uma D. hirtella cercada de G. aurea e uma flor caída ao lado.


Mais hirtellas


Em diversas partes elas cresciam pequenas colônias.




Ok, agora vamos às G. aurea:
PUTZ, QUE FORMA LINDA!!! Ela é bem interessante porque as flores são grandes mas as hastes são pequenas, então elas ficaram com um aspecto bem robusto.
Mais ainda depois de ficar vendo milhares de G. filiformis minúsculas. Olha só que bonita:


Havia dezenas de flores!

Flor se abrindo. Reparem nos tricomas.




As cinco sépalas características do gênero.


As rosetas cobertas de muscilagem.


Mais algumas flores.

E junto com elas estavam algumas D. tomentosa lindas também.

Esse habitat também tinha algumas U. cucculata crescendo nas pequenas possas que se fomavam.




Havia também uma pequena população de U. purpureocaerulea crescendo com algumas tomentosas.









Aqui as U. amethystina estavam crescendo em duas formas diferentes:
A branca pequena.






E uma outra forma de cor lilás bem claro com os lobos pequenos.

As G. pygmaea também estavam cheias de flores.




E em alguns lugares havia U. adpressa crescendo com elas.


Foi a primeira vez que vi essa espécie in habitat. Muito bonita!

E finalmente a última espécie que vi nesse habitat, algumas belas D. communis.








Muito bom esse lugar, né?!
E ainda tinha muita coisa pra ver por lá que tive que deixar pra próxima.

Outro habitat bem interessante foi o ponto turístico Paralelo 14. Todos já devem ter ouvido falar do misticismo que ronda a cidade de Alto Paraíso, a cidade que dá nome ao município. Dizem que esse Paralelo traz muita energia e tem alguns significados místicos pois também passa na cidade de Machu Pichu e outras coisas que eu não compreendo bem... Pra mim o que importa é que lá também tem PCs!




Paramos pra conhecer o local e eu aproveitei pra dar uma olhada. O solo não era muito bom mas mesmo assim havia algumas U. amethystina, U. simulans e G. filiformis (que estava florida pra tudo quanto é canto na Chapada inteira. Tinha tanta que eu acabei nem dando a devida atenção e tirei pouquíssimas fotos). Aqui vão algumas:






E aqui as minúsculas rosetas. Não tinham nem um centímetro:


U. amethystina em sua forma mais conhecida:


Uma das minhas Utrics. preferidas.

E por lá havia também U. simulans! Acho muito legais essas sépalas:




Uma espécie bem interessante.



Como era a primeira vez que a minha mãe ia na Chapada dos Veadeiros eu tinha que mostrar pra ela o Vale da Lua, um dos pontos turísticos mais famosos de lá. É realmente um lugar muito bonito e que recebe esse nome por causa das rochas que, moldadas pela água lembram a superfície da Lua.

Na estrada de terra indo para o vale, passamos ao lado de um pequeno brejo onde encontrei G. repens, G. aurea e U. hispida. Foi uma boa parada que trouxe mais duas espécies para a viagem.
G. repens




Algumas rosetas.


U. hispida