Povo.
Fernando - Acredito que tem muita coisa esquisita ainda pra explicarmos. Por exemplo as G. aurea que não existem em ibitipica, mas que existem aos montes em solos quartziticos de Grão mogol, em alturas beirando os 1.000 metros, e que na serra do papagaio so crescem no dobro desta altura em solos nao-quartziticos. As communis são raras realmente em ibitipoca, assim como as amethystinas, e em tese pareceria ter locais mais que propícios pra elas lá. Enfim, é isto também que anima a andar e pesquisar por ai.
Carlos e Fernando, com relação as formas de folhas pequenas, elas a primeira vista parecem sim ser talvez plantats tipicas crescendo em ambiente desfavoravel MAS eu tenho as de folhas pequenas de aiuruoca em cultivo faz um ano, elas estão em ambiente normal onde outras utricularia florescem sem problemas (com muito mais luz) e mesmo assim ainda mantém a característica das folhas pequenas, rizomas mais finos e lassos. Vou poder comparar também pois consegui sucesso na germinação de uma capsula com sementes da variedade grande. Em breve vamos poder comparar os meus resultados e os do carlos pra tentar entender melhor estas plantas.
Danco continuidade para terminar meus relatos, aqui umas fotos de insetos da Serra do papagaio e as D. Ascendens de lá.





Aranha aquática muito interessante.

Phoneutria nigriventer, a Aranha armadeira, um pesadelo ambulante, grande como uma mão e venenosa, vimos muitas delas na base da serra no camping, era de dar insonia.
As D. ascendens de Aiuruoca eram a maior espécie de Drosera das tres que encontrei por lá. Ocorria em populações pequenas e restritas, geralmente disjuntas e isoladas umas das outras. Habitava areas constantemente umidas sobre solos turfosos ou reófita sobre pedras com agua escorrendo constantemente. Eu a encontrei a 1.500 metros nos campos intermediarios em uma unica colonia de poucos individuos associados com U.pubescens, a 2.000 metros em uma população maior e densa, crescendo sobre pedras com agua passando por cima, associada com Genlisea aurea e a 2.250 metros no Retiro dos pedros sobre solo turfoso, associada a G. aurea, U.reniformis e U. pubescens.


A pequena coloniazinha de individuos dos campos intermediarios, a 1.500 mts de altitude.


As pequenas colonias esparsas de Ascendens do Retiro dos pedros, onde cresciam em associação com varias outras carnivoras.
Nada demais nestas colonias, mas na colonia a 2.000 mts próxima da região do pico do santuário...................

Eram as mais bonitas e maiores que eu ja vi.


Aparencia da colonia como um todo







Formavam um aglomerado bagunçado de tentatulos que era maravilhoso de ver.

Esta aqui achei crescendo como aquatica, embaixo dágua.

Eram bem grandonas, deveriam ser muito velhas.

A maior que encontrei media aproximadamente 12, 8 cm!!!
Apesar da apresentação linda, eu as acho ainda menos espetaculares do que as D. villosa em ibitipoca, que chegam bem algumas plantas a 20 ou mais cm de lado a lado e formam também populações bem densas e bonitas assim (em paisagens igualmente maravilhosas)
Enfim, quando o cléo passar por lá vai ver muita coisa bonita.
Com isto concluo o meu relato das minhas andanças destas ferias na serra do papagaio, ainda sem ter andado por muitos dos lugares interessantes por lá.

O que restou de mim e do povo depois de 5 dias de caminhadas na serra.

E aqui uma imagem bonita da serra como um todo tirada do fundo do vale do matutu.
Abraços a todos
Adilson